Maior tenista português da história, João Sousa, natural de Guimarães, segue sofrendo com uma lesão nas costas que parece não ter solução.Em conversa com jornalistas de seu país, ele acenou para aposentadoria.
"Não me sinto bem fisicamente novamente e isso ao mais alto nível é muito perceptível porque dependo muito disso para impor o meu tênis. Ainda tenho dores nas costas que me impossibilitam de me movimentar nas melhores condições e, apesar dos muitos anti-inflamatórios que tomo, são difíceis de gerir e aceitar. É difícil ter motivação, mas é o que é. O tênis é assim: um esporte de aceitação. Apesar das dificuldades físicas, penso que fiz um bom jogo”, disse ele após ser eliminado no Challenger da Maia pelo espanhol Albert Ramos.
A meta do jogador, que desde antes da profissionalização tem como treinador Federico Marques, é jogar o Australian Open, onde fez história para seu país ao alcançar quartas de final ao lado do argentino Diego Schwartzman em 2019.
“No último mês percebi que talvez fizesse sentido ter este objetivo na cabeça porque estes são os torneios a que estou habituado e quero jogar e porque sem ter um objetivo na cabeça é mais difícil. Pensei que poderia ir lá brincar, digamos, uma última vez, mas não consegui. Fui para o Canadá com esse objetivo e perdi duas partidas muito duras. No segundo torneio perdi uma partida em que já estava bastante lesionado", contou.
Sousa não marca um fim, mas não esconde que é mais um atleta a perder para o próprio corpo. Aos 34 anos, o tenista tem um único objetivo: "colocar Portugal" nas Finais da Copa Davis e vai buscar isso em 2024. " única coisa que me resta é tentar ajudar Portugal a chegar à fase final da Taça Davis porque em termos de classificação estou numa posição em que preciso de disputar a qualificação para os torneios Challenger e, para um atleta que sempre disputou Torneios ATP e Grand Slam, não é isso que aspiro", confessou.
Perguntado sobre como se vê após a retirada do esporte, Sousa disse que vai parar por um tempo, quer descanso da vida cansativa no circuito e, pelo menos por agora, não se vê trabalhando como treinador.