Por Ariane Ferreira – Neste final de semana, entre 15 e 16 setembro, a equipe brasileira comandada pelo capitão Jaime Oncins vai à Hillerod onde encara a dona da casa Dinamarca, em piso rápido coberto e presença do 4º melhor tenista da atualidade, Holger Rune.
O duelo entre Dinamarca e Brasil vale vaga na disputa de playoffs do Grupo Mundial da Copa Davis 2024, quem perder o confronto disputará a permanência no Grupo Mundial I ou se cairá para o Grupo Mundial II.
Sem grande tradição na Copa Davis, a Dinamarca é a 38ª do mundo, após uma classificação inédita nos últimos 10 anos para o Grupo Mundial I e uma subida em 7 posições no ranking. O Brasil, por sua vez, teve uma queda em três posições ao posto de 28º do mundo.
Os dois países já se enfrentaram uma única vez na competição, ainda na Era Amadora do tênis, em 1966. Naquela ocasião, o Brasil foi à Copenhagen e venceu os cinco jogos do duelo. A disputa foi válida pela segunda rodada da competição e jogada no saibro.
O confronto inédito na Era Aberta terá como protagonistas o número dinamarquês, Holger Rune, que tem 20 anos e é o 4º da ATP, e o número 1 do Brasil e 76º do mundo, Thiago Seyboth Wild de 23 anos. Os dois tenistas nunca se enfrentaram no circuito e poderão fazer o duelo definitivo do confronto.
A sequência de duelos será sorteada nesta quinta-feira e então a ordem dos confrontos e pontos decisivos será conhecida. Pela estrutura mais recente da competição, com os jogos de simples em melhor de 3 sets, o duelo de duplas será o terceiro, no início do segundo dia, podendo desempatar o confronto.
Wild chegará ao confronto com a motivação de ter conquistado o título do Challenger 80 mil de Genova, na Itália, derrotando na grande final o veterano ex-top Fabio Fognini. Rune, por sua vez vem de uma sequência de quatro derrotas entre as quartas de final de Wimbledon e a primeira rodada do US Open, tendo sofrido com uma lesão no ombro e uma forte gripe nesse intervalo entre julho e setembro.
Apesar da distância de ranking entre Wild e Rune, a equipe liderada por Jaime Oncins tem todos os seus tenistas de simples dentro da lista entre os 150 melhores do mundo, sendo o cearense Thiago Monteio, 116º, e o campineiro Felipe Meligeni Alves, 142º.
Já a equipe liderada pelo ex-top 17 nas duplas, Frederik Nielsen, conta apenas com tenistas fora dos 400 melhores do mundo, sendo seu número dois Elmer Moelle, 406º. Os dois possíveis duplistas da escalação de Nielsen, August Holmgren é 412º em simples e 344º nas duplas, enquanto Chistian Sigscaard é 442º nas duplas e 771º em simples.
Jaime Oncins também terá vantagem nas duplas, escalando dois tenistas dedicados a esse circuito, os gaúchos Rafael Matos, 44º nas duplas, e Marcelo Demoliner, 70º.