Isner se despede e diz: 'Não sei qual o meu legado'

Chegou ao fim a carreira 16 anos como profissional do grandalhão norte-americano John Isner, ex-top 8 e atual 157º do mundo. Sua despedida das quadras se deu em uma batalha de 4h diante do jovem compatriota Michael Mmoh, 89º, em 3/6 4/6 7/6 (7-3) 6/4 7/6 (10-8).

Do auge de seus 2,08m, Isner se despediu das quadras disparando nada menos que 48 aces somando um total de 94 bolas vencedoras em todo o jogo diante  48 bolas vencedoras de Mmoh, dos quais 19 foram aces.

Aos 38 anos de idae, Isner segue na disputa de duplas do US Open, ao lado do amigo Jack Sock, que também está se despedindo do esporte paa se dedicar ao pickelball.

Maior sacador da história do tênis, Isner encerra a carreira com 14,470 aces, somando os 59 aces disparados nas quadras do US Open, o que dá uma média de 18 aces por partida.

O americano disputou um total de 806 partidas em nível ATP, venceu 489 e perdeu 317.

Legado quase desconhecido

Ao fim do jogo e sob uma grande atmosfera em quadra Isner disse: "É por isso que eu dediquei toda a minha vida a isso. Para jogar em ambientes como esse, com esse apoio. Lógico que eu queria vencer também, muito obrigado por apoiarem", disse ele emocionado.

Ao ser perguntado sobre seu legado no esporte, doi sincero: "Qual é o meu legado? Eu não tenho certeza. Eu só quero ser lembrado, principalmente pelos meus colegas, como um cara com quem é muito fácil se conviver fora das quadras. Acho que tive ótimos relacionamentos com os caras que vieram antes de mim, meus contemporâneos e depois com os mais jovens. Estarei sempre ao lado deles quando estiver longe. Eu só gostaria que meu legado fosse alguém lembrado como quem foi bastante afável e fácil de se conviver”. 

A carreira de John Isner

Natural de Greensboro, no estado da Caolina do Norte, Isner construiu um sólido caminho no esporte no circuito profissional, pois jogou pouco no circuito juvenil, marcando um total de 19 partidas e um melhor ranking como 93º do mundo em 2002. 

John Isner deixou as poucas partidas disputadas no juvenil para trás e entrou para o Campeonato Universitário de Tênis dos Estados Unidos (NCAA), onde defendeu a Universidade de Geórgia. Na competição entre 2004 e 2007, Isner venceu ao lado de Ruiz o campeonato da NCAA de duplas em 2005; além de ser vice-campeão da temporada de simples em 2007 e sendo o número 1 do time da Universidade da Geórgia (Bulldogs)  no campeonato por equipes que venceram em 2007.

Esta última temporada marcou a entrada de Isner no circuito profissional. Nestes 17 anos como profissional, Isner chegou a seu melhor ranking em 16 de julho de 2018. Foram  16 títulos conquistados em simples e outras 15 finais jogadas. O torneio que ele mais venceu foi Atlanta, onde é hexacampeão. De seus títulos, quatro foram na grama, 11 no piso rápido e apenas um no saibro de Houston. De todos os títulos, apenas o bicampeonato em Auckland, na Nova Zelândia, foi vencido fora do território norte-americano. 

O título mais importante da carreira de Isner foi o Masters de Miami em 2018. Em torneios do Grand Slam, sua melho campanha foi semifinal alcançada em Wimbledon 2019.

Nas quadras de Flushing Meadows, onde irá se despedir, Isner teve como melhores campanhas quartas de final alcançadas em 2011 e 2018.