A grande estreia do novo sistema de revisão de jogadas trazido pela primeira vez no circuito nesta edição do US Open não foi como a organização do torneio esperava. Posteriormente a uma falha que não permitiu à juíza a revisão da jogada, a chamada original foi mantida.
Tudo aconteceu nesta terça-feira (29) na partida entre o britânico Andy Murray e o francês Corentin Moutet. Quando o placar marcava dois sets a zero a favor de Murray e 5/3 na terceira parcial, Moutet ergueu o braço sinalizando que gostaria de ter uma marcação revisada. Era um suposto segundo quique da bola antes do tenista francês responder.
Como a regra afirma que cada jogador poderá ter três desafios a fazer por set com este novo sistema, que funciona em 2023 somente em cinco quadras do complexo, era esperado que a juíza de cadeira Louise Azemar Engzell pudesse olhar em um tablet e reavaliar a decisão tomada. Mas o aparelho falhou no momento da reexibição da jogada, frustrando a todos.
Entre os que estranharam a falha, estava o adversário do francês, Andy Murray, que acabou involuntariamente favorecendo-se da impossibilidade de revisão: "Obviamente não correu como planejado num momento muito importante do jogo", disse Murray.
Um porta-voz do torneio garantiu que o tablet que falhou na Grandstand foi consertado após o jogo. E se tudo funcionar normalmente nos próximos dias de torneio, poderemos ver tenistas desafiando dois quiques como aconteceu na partida entre Murray e Moutet, mas também quando a bola supostamente tocar o corpo dos jogadores, caso alguém encoste na rede, ou ainda se algum ruído externo da quadra atrapalhar algum jogador durante o ponto.
O novo sistema mantém o número de desafios (três) se quem o fizer acertar e a chamada anterior acabar sendo alterada. Nos tie-breaks, um desafio adicional é computado para os jogadores em quadra.