O argentino Juan Martin Del Potro concedeu uma palestra que foi acompanhada pelo jornal argentino Pagina 12, na qual refletiu sobre sua carreira, recordou feitos e falou das muitas lutas que travou contra as lesões. Delpo reconhece que nunca temeu os melhores do mundo, mas perdeu de si.
"Não tenho meu palco no tênis 100% fechado, com chave e cadeado. Em certos momentos do dia me sinto como um jogador de tênis ativo. Não assisto a vídeos como tenista aposentado. Nas minhas redes sociais diz 'tenista'. E eu quero mantr assim. O dia depois é muito difícil e, no meu caso, me preparo (para ele) agora. A vida colocou isso no meu caminho e eu não poderia fazer um processo como o do [Rafael] Nadal, por exemplo, que anunciou que a próxima será sua última temporada. Eu era o número três do mundo, caí, quebrei o joelho e ainda converso com os médicos para ver como posso me curar. Sinto-me um atleta ativo”, declarou ele em uma palestra empresarial dada acompanhada pelo jornal.
“Eu vivo com duas sensações. Tenho raiva, me sinto chateado e me pergunto por quê. E aí acontece o contrário e eu penso: 'por que não eu?'. Eu sou um cara comum: há muitos atletas que sofrem. (Carlos) Alcaraz ficou pressionado depois de jogar dois sets com Djokovic e ele tem 20 anos. Aos 20 anos, eu venci a final do US Open contra Federer . Quando tive que lidar com algo diferente do tênis, encarei como um desafio pessoal. Nunca tive problemas para vencer os melhores: meu problema era curar meu pulso. Se dói acertar o backhand com top [spin]... ok, eu jogo com slice, não uso a mão. Meu adversário mais difícil era o meu corpo. Não tive medo de jogar contra os melhores. Meu propósito sempre foi me reinventar para ir atrás do impossível”, completou.