Por Carlos Omaki - Nada a lamentar perante a derrota da paulista do clube sírio libanês contra a número um do mundo Iga Swiatek.
Um jogo sensacional e mais do que isso. Uma campanha sensacional de Beatriz e de todos os brasileiros que jogaram, ou dos que encheram a quadra central Philipe Chatrier em Paris nesta quinta-feira.
Bia que entrou no torneio como 14ª do mundo, segue fazendo história e deve aparecer já na próxima semana entre o seleto grupo das 10 melhores tenistas do mundo ou colada nele.
Uma colocação histórica e incomparável na era aberta.
Com o dobro de luta para chegar a esta semifinal representada por suas quase 13 horas jogando, contra menos de seis da Polonesa, Bia foi até aqui a grande desafiante da atual melhor do mundo.
Promovendo um jogo emocionante e o mais difícil até aqui da favorita ao título de 2023.
Entre centenas de golpes espetaculares os brasileiros só podem lamentar um único voleio….
Um voleio de direita no 5 a 3 do tiebreak do segundo set, que colocaria uma pressão incrível na adversária.
Vencendo quase todos os seus jogos de virada no terceiro set até esta semifinal , Bia enfrentou e venceu atletas incríveis em condições incríveis como aconteceu nas quartas de final vencendo a tunisiana Ons Jabeur em um empate de pontos.
Exatamente isso , já que o tênis é um dos poucos esportes onde você pode vencer um jogo ganhando menos pontos do que o seu adversário.
Acreditando o tempo todo na partida e na vitória, Bia mostra ao que veio e que isto é apenas o início de uma nova era no tênis feminino brasileiro.
Um delicioso gosto de quero mais, e a nítida impressão que não só poderíamos estar na final de sábado mas poderíamos muito bem vencê-la.
Fim de Roland Garros 2023 para os brasileiros com a certeza de que compraremos muitas passagens aéreas para assistir a grandes feitos, grandes vitórias e grandes títulos de Beatriz Haddad Maia.
Já podemos sonhar com uma número um do mundo no tênis feminino da era aberta em um sonho bem próximo.
Agora é preparar os olhos para um dos espetáculos mais esperados do ano no tênis, Novak Djokovic e Carlos Alcaraz.
Um jogo que mostrará muito do que irá acontecer nos próximos anos.
ALLEZ Bia!!!
Sobre Carlos Omaki
Carlos Omaki é treinador de tênis há 39 anos. Uma das referências do tênis nacional, dono de duas premiações como Melhor Técnico das categorias de base do Tênis brasileiro, é proprietário da COT (Carlos Omaki Treinamento) tendo equipes na Academia Paulistana de Tênis, Club Athletico Paulistano e Tênis Club Paulista e com seu staff de treinadores cuida de cerca de 500 atletas na cidade de São Paulo.