A Itália vai perder a sede do NextGen Finals, torneio com os sete melhores do mundo até 21 anos e mais um convidado. A competição era jogada em Milão e deve passar para Jeddah, que deve fechar um acordo de cinco anos a partir de 2025 em um evento combinado com a WTA.
A notícia já estava no ar há algum tempo e por isso não deveria ser uma surpresa: muito provavelmente a Itália não será mais o país-sede do Next Gen ATP Finals após a conclusão do acordo de cinco anos (posteriormente estendido para seis anos devido à não disputa devido ao Covid) com a Federação Italiana que neste período havia escolhido Milão para o torneio sub 21. Era previsível porque a partir deste ano as finais juvenis serão disputadas na mesma semana que as de os grandes que permanecerão em Turim pelo menos nas próximas três edições. Organizar dois eventos de tênis desse tipo em duas cidades não muito distantes faria pouco sentido e a opção de mudar o Next Gen para a capital piemontesa, também proposta por nosso diretor Scanagatta, não foi cogitada. As estrelas da fase final do tênis emigrarão da Itália e provavelmente também da Europa.
Após o lançamento do edital, o destino da transferência deveria ter sido escolhido, conforme noticiado pelo Daily Mail: a Arábia Saudita e, especificamente, a cidade de Jeddah que já teve relações importantes com o esporte profissional. De fato, em 2018 sediou a final da Supercopa da Itália, em 2020 a da Supercopa da Espanha e desde 2021 também pode se orgulhar da organização de um grande prêmio da temporada de Fórmula 1.
Para o tênis masculino, porém, seria a primeira vez neste país (onde se realizou em Dezembro último o torneio de exibição Diriyah Tennis Cup, vencido por Taylor Fritz) e o objetivo de Andrea Gaudenzi parece ser precisamente este: abrir as portas a um novo mercado, estreitando relações com o Oriente Médio, onde neste momento o circuito marca presença apenas com os torneios do Dubai e Doha (aos quais se acrescenta a habitual exibição de início de época em Abu Dhabi). Portanto, o acordo terá duração de cinco anos.
A vertente financeira representa, assim, um elemento central apenas a médio e longo prazo, pois, segundo noticia o jornal inglês, teriam existido outras ofertas ainda superiores. Em todo o caso, Jeddah deverá garantir uma premiação da ordem dos dois milhões de dólares, enquanto o da última edição milanesa ficou pouco abaixo de um milhão e meio.
Permanece aberta a possibilidade de que as finais da próxima geração se tornem um evento combinado. Os diálogos com a WTA continuam e a partir de 2024, ou o mais tardar a partir de 2025, poderemos ver a primeira edição da versão feminina.