Depois de passar o quali e a primeira rodada, o russo de 26 anos, Ivan Gakhov, 198 do mundo, viverá o sonho de enfrentar Novak Djokovic nesta terça-feira pela segunda rodada do Masters 1000 de Monte Carlo.
O tenista nascido em 1996 se apaixonou pelo tênis ao assistir o duelo de Marat Safin e Roger Federer, em 2005, no Aberto da Austrália. “Foi a partida que me fez apaixonar pelo esporte”, diz Gakhov.
Ele se mudou para a Espanha aos 14 anos, se instalando em Gandía. E agora faz sua maior campanha na carreira: "Agora estou sem palavras. Ainda não consigo acreditar. É muito difícil entender o que aconteceu nos últimos dias. Dinheiro e pontos não importam: a maior recompensa é enfrentar o maior da história. É isso que melhor coisa que me poderia acontecer", disse o russo em conversa com a ATP.
"Amo o Novak, sempre o incentivei. Ele tem feito partidas loucas contra o Rafa e o Roger, então é uma honra para mim enfrentá-lo. Porém, vou tentar jogar contra ele como se fosse qualquer outra partida, com todo o respeito do mundo, claro. Meu treinador estará comigo e vamos estudá-lo como qualquer outro tenista. Somos humanos, eu sei disso. Às vezes acho que o Novak não é, mas todo mundo tem pontos fracos e vamos tentar para encontrá-los e descobrir o que funciona melhor", diz Gakhov, que também compartilha histórias curiosas que o relacionam com os demais jogadores russos do circuito.
"Rublev me ajudou no ano passado com algumas roupas, porque não tenho nenhum patrocinador nesse sentido. Daniil (Medvedev) é um grande amigo e jogamos vários jogos juntos via celular ou PlayStation. Karen (Khachanov) me ajudou Ele tem parabéns aqui após cada vitória, então temos uma boa amizade entre nós. Com Daniil eu jogo muito Premier League Fantasy, jogamos com vários amigos e acompanhamos muito o campeonato. Ele tem a mesma paixão sem arriscar nada neste jogo que ele tem na quadra, seu espírito de luta é impressionante. Ele sempre quer vencer e aproveitar cada momento”, diz Gakhov, empolgado.