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Murray volta a reclamar de partidas na madrugada no Australian Open

Sábado, 21 de janeiro 2023 às 10:34:53 AMT

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Tênis Profissional

Não deu para Andy Murray neste sábado. Ele lutou por mais de três horas, mas caiu em quatro sets diante do espanhol Roberto Bautista Agut, 24º favorito, na terceira rodada do Australian Open.



O britânico apontou que as batalhas anteriores atrapalharam. Ele jogou 4h50min contra Matteo Berrettini na terça e mais 5h45min batendo o recorde pessoal e o segundo jogo mais longo do torneio na virada diante do australiano Thanasi Kokkinakis.

"É impossível dizer quanto, mas sim, não ajudou", disse o tenista que terminou seu jogo anterior às 4h06 da madrugada de sexta-feira no horário australiano.

"Eu só dormi das 6 às 9 da manhã, o que não dava (risos). Tive que vir ao torneio, porque tinha umas sete ou oito bolhas que tive que estourar para tirar o líquido de dentro. Eu tive que vir para tratá-los. Voltei para o hotel e dormi mais algumas horas. Depois treinei 15 minutos e fiz um banho de gelo, depois fui ver o fisio. Não me sentia bem. Minhas pernas estavam bem, não estavam ruins, mas minhas costas doíam muito. Isso afetou meu saque. Isso realmente foi o pior para mim hoje. Eu não poderia flexionar para sacar. Eu não conseguia fazer o saque quique. Nos ralis foi bom, o pior foi o saque", apontou o escocês.

Ao ser perguntado como se sente, o tenista apontou: "Eu tenho sentimentos mistos. Acho que deixei tudo o que tinha neste torneio. Estou orgulhoso disso. Não podes controlar o resultado de tudo o que fazes, a única coisa que podes controlar é o esforço que põe nas coisas e dei tudo o que tinha em cada um dos três jogos. Também estou desapontado porque trabalhei muito este ano e tenho jogado como se tivesse ido longe aqui. Hoje, por exemplo, mesmo com as circunstâncias e tudo, já competi contra 20 no mundo. Acho que poderia ter ido mais longe na chave".

Ele apontou a pré-temporada que fez para jogar neste começo de ano: "Gostaria de jogar sempre como aqui, competindo contra os melhores do mundo. No ano passado, houve semanas em que senti que não estava jogando bem e não estava me divertindo enquanto jogava. Os sacrifícios que fiz no final do ano passado me permitiram jogar assim neste torneio e acho que as pessoas se divertiram me assistindo. Eu também gosto quando jogo assim. Quando posso machucar os adversários e ir mais longe em um Slam este ano".

E o tenista criticou terminar jogos na madrugada, como o seu depois das 4 da matina: "Partidas longas podem ser dadas. Em termos de velocidade, as quadras não são ruins, o problema são as bolas, que ficam muito lentas depois de alguns games. Se você conversar com cientistas, tenho certeza de que eles dirão que o sono é a coisa mais importante para um atleta na hora de se recuperar. É o número um. Terminar às 4 da manhã não é bom, nem para o jogador nem para o esporte, ouso dizer. Acho que há coisas que podem ser feitas para mudar isso", apontou.

"No US Open, acho que eles jogam apenas duas partidas na sessão do dia. Isso significa que não há jogos começando tão tarde e permite que as pessoas vejam os melhores jogadores em quadras externas com ingressos mais baratos, o que é ótimo para eles também. Você pode começar a sessão noturna às 18h ou 18h30, são algumas horas extras que podem fazer a diferença para os tenistas."

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