Os pais dos pegadores de bola reclamaram do horário do término das partidas desta edição do Australian Open. A polêmica entrou em vigor após o duelo de Andy Murray contra Thanasi Kokkinakis terminar depois das 4 da madrugada.
Crianças de 13 anos trabalharam na Margaret Court Arena até esse horário, segundo o jornal britânico The Telegraph. Além deste dia, em quase todos a programação terminou depois de meia-noite e 1 da matina.
Damien Saunder, presidente do Bendigo Tennis Club, comentou sobre o filho de 15 anos, Flynn, na Rod Laver Arena no ano passado, que atuou no jogo noturno de 3h23 entre Stefanos Tsitsipas e Taylor Fritz.
“Voltamos para casa por volta de 1h e então você fica tão ligado depois de toda a agitação que é difícil dormir. Lembro-me de ter que fazer uma ligação às 6h para a Califórnia, na manhã seguinte com os olhos pesados e acho que Flynn dormiu até as 10h antes de eu tirá-lo da cama. Mas ele estava definitivamente destruído no dia seguinte, e então tivemos que partir ao meio-dia para seu próximo dia.”
Saunder afirmou que no geral foi uma experiência positiva. “Mas chega um momento em que você precisa se perguntar: ‘Isso é adequado para os pegadores de bola? E para todos os outros, porque como milhares de pessoas voltam para casa ? Sei que os jogadores não gostam de voltar no dia seguinte e perder a folga, mas é o que pode acontecer quando chove ou faz muito calor. Acho que devemos cuidar das nossas estrelas principais aqui e decidir que não passaremos das 2 da manhã, digamos.”
Andy Murray foi um dos que reclamou. Durante o jogo ele tentou ir ao banheiro no intervalo para o quinto set, mas foi impedido e após o jogo comentou: "Se meu filho fosse um boleiro em um torneio e ele voltasse para casa às 5h da manhã, como pai, estaria criticando isso. Não é benéfico para eles. Não é benéfico para os árbitros. Eu não acho que é incrível para os fãs. Não é bom para os jogadores.”