O cazaque Alexander Bublik, 41º da ATP, concedeu uma entrevista ao site b, na qual falou sobre sua relação de amor e ódio com o tênis e revelou o quanto a paternidade mudou sua visão do esporte.
Bublik iniciou a conversa explicando sua conturbada relação com o saibro, em que já protagonizou cenas curiosas como o dia em que praguejou sobre o saibro de Roland Garros, considerado o melhor do mundo.
"Simplesmente não gosto do saibro, mas hoje em dia nem me importo. Eu gosto de jogar, realente estou curtindo. Se vai ser no saibro, que seja. Mudei a forma como encaro as coisas desde que meu filho ansceu (em agosto de 2022). No fim das contas, esse é meu trabaho e eu tenho que fazê-lo apropriadamente", declarou ele.
Para o cazaque, o pequeno Vasily já mudou a forma como vive e também encara a carreira: "Talvez de um modo bom, talvez de um modo ruim. Veremos, sou um pai de 20 poucos dias [a entrevista foi concedida durante o US Open] e desde que ele nasceu nada mais me importa. Eu apenas me importo com ele. então, se me mandarem jogar no saibro, eu vou, se for na grama, vou também... Se eu tiver que jogar às 11h, jogo. Nada disso é relevante pra mim".
Bublik contou que não vê nada de glamuroso na vida de tenista, que não gosta da quantidade de viagens, mas que joga por ele mesmo e pela família. Perguntado sobre o que seria se não fosse tenista, o cazaque revelou: "Não sei, porque seria muitas coisas, mas se eu não fosse tenista não teria feito a quantidade de dinheiro que fiz, não seria livre como sou. Mas se você me dissesse que eu poderia ter uma quantidade ilimitada de dinheiro, então eu trabalharia para auxiliar as novas gerações de crianças a terem acesso a esporte, ajudaria pessoas, teria uma fundação. Eu nunca tive outra opção que não ser tenista".
Alexander Bublik contou que quando era ainda muito pequeno, talvez com 2 anos de idade, seu pai decidiu que ele seria tenista e foi apoiado por sua mãe. "Eu nunca tive opção. Meu pai me mandou jogar e eu joguei".
"Nunca foi levantada a pergunta se eu queria ou não jogar tênis. Minha família não era assim. Eu nem acho que eles sequer suspeitaram que isso (querer ou não) seria uma questão", seguiu ele que compreende o que o pai fez, já que ele entende que a paternidade envolve no direcionamento dos filhos enquanto estes não sabem o que querem.
Bublik ainda contou que vão espera que o filho seja tenista.