Jabeur sai motivada apesar da derrota: 'Vou pelo Nº 1 do mundo'

A tenista tunisiana Ons Jabeur, número cinco do mundo, lamentou a derrota na final do US Open, mas saiu motivada com o que está por vir. Ela caiu na final do Aberto dos Estados Unidos por 6/2 67/6 (7/5) diante da polonesa Iga Swiatek.

“É bom ter mais tempo para se preparar para o próximo ano. Agora vem o Masters, um mini Grand Slam, algo grande para mim. Sempre sonhei em jogar. Sinto que tenho muito a provar na próxima temporada. Não tenho pontos para defender na Austrália, em Roland Garros ou em Wimbledon. É algo bom. Eu definitivamente vou para o número 1", disse a árabe.

"Wimbledon foi difícil e isso também é difícil. Vou dormir algumas horas nos próximos dias. Faz parte do tênis ganhar e perder. Demorei um pouco para ganhar meu primeiro título WTA, então este também levará algum tempo. O mais importante é aceitar e aprender com minhas derrotas. Não sou alguém para jogar a toalha. Tenho certeza que estarei na final novamente. Eu farei o meu melhor para isso."

“A primeira coisa que fiz foi chorar, mas foi bom deixar as emoções saírem. Fiquei uma semana sem jogar, tinha muitas coisas para fazer no meu país. Agora vou aproveitar essas duas semanas, descansar e me preparar para o final da temporada. Há um torneio chegando na Tunísia, então será ótimo para mim.

"Em Wimbledon fiz o meu melhor para me preparar, talvez tenha pensado demais nisso. Desta vez eu estava mais nervosa do que em Wimbledon. Eu trabalhei na minha respiração. Esta final foi mais estressante para mim. Eu sei que vou aprender com isso. Eu preciso entender o que realmente aconteceu."

A tenista elogiou Iga que alcançou seu sétimo troféu no ano: "Ele eleva o nível nos momentos certos. Ela sabe exatamente o que fazer. Seu forehand e saque melhoraram muito. É difícil jogar contra alguém que sempre coloca mais uma bola na quadra. Fisicamente, está em toda parte. Não tenho pontos para defender, ela tem muitos, então esse é o objetivo."

“Em termos de resultados, ganhar um Grand Slam para mostrar que não é algo impossível para alguém do meu país, do meu continente, ganhar esse título. Apenas continuar melhorando. No futuro, talvez eu possa usar minha experiência para orientá-los, economizar tempo e ver mais jogadores.”

A tenista deixou uma mensagem para as meninas africanas que a têm como exemplo: "Que eles sempre acreditem em si mesmos e nunca desistam. É o que eu fiz. Joguei muitos torneios africanos e a maneira como eles lutam é inacreditável. Espero que um dia eles encontrem alguém para guiá-las."