Nick Kyrgios se mostrou sem medo de enfrentar o número 1 do mundo, Daniil Medvedev, nas oitavas de final. O australiano, atual 25º do mundo, ainda afirmou que vive momento muito bom e acredita que poucos estão jogando mais que ele.
"Tive que sair muito entusiasmado desde o início, conhecia a maneira como ele jogava e os meses incríveis que ele teve. A energia dele é contagiante, eu sabia que minha torcida iria começar a vibrar com o jogo dele, ele deixa tudo muito emocionante. Ele saca grande, se arrisca muito, não joga com muita margem, o que a torcida adora. Estou muito feliz com a forma como a partida foi, a forma como consegui vencer em dois sets, consegui dominá-la por duas horas de jogo. Neste ponto do torneio, o que você quer é chegar o mais fresco possível, senão tudo fica mais difícil", disse o tenista que bateu o americano J. J. Wolf com facilidade na terceira rodada.
“Às vezes eu ajo estúpido em certos momentos, eu apenas penso em algo e faço. Antes, eu era extremamente duro comigo mesmo, até você olhar para o placar e entender que não há motivo para raiva. Hoje eu estava melhor, parecia muito mais consistente do que no segundo set, é algo que eu tentei trabalhar. Não queria ter altos e baixos como uma montanha-russa, queria curtir meu jeito de jogar com meu time, que está sendo incrível. Estamos todos longe de casa há muito tempo, sentindo falta de nossas famílias e de casa, então quero fazer tudo valer a pena e aproveitar ao máximo antes de voltar. Eu nunca estive na quarta rodada do US Open, então devemos comemorar."
“Como atleta, você quer ser em momentos como esse, muito melhor do que jogar Futures e Challengers sem pessoas nas arquibancadas. Por isso continuo treinando, no momento ainda estou pegando a raquete. Quero ir aos maiores estádios do mundo na frente de milhões de pessoas, é onde quero estar, é para isso que trabalho duro, é o que torna tudo mais doce. Eu sei que muitas pessoas não querem que eu tenha sucesso, eles odeiam meu jogo e a maneira como eu faço as coisas, mas novamente voltei a ser o último australiano no sorteio, a mesma história em todos os Grand Slams. É algo que eu carrego, mas quero estar lá, naquela tela que todo mundo está olhando.”
O tenista destacou sua evolução como nos últimos anos: "Eu não tenho treinador, então eu mesmo investi no meu jogo. Três coisas nas quais trabalhei duro foram: entrar em forma, fazer muito o meu segundo saque e treinar muito meu retorno de forehand. Se você treinar essas coisas 10 minutos por dia, isso se transforma em horas no final. Jogar muitas duplas com Thanasi me ajudou a voltar melhor, o que se traduziu em sucesso em simples. Agora quero mais as coisas, tenho essa intenção de quebrar mais vezes o saque do meu rival. Acho que perceber que você poderia ganhar partidas sem quebrar o saque do adversário me deixou meio preguiçoso no início da carreira, agora quero colocar essa pressão nos meus adversários. Estou orgulhoso por ter me forçado a isso, foi assim que analisei meu jogo, coletando resultados sem treinador. Os números não mentem, estou feliz com isso."
“Meu nível está aí, acho que poucos jogadores estão mostrando um nível melhor do que eu, talvez o mesmo. Se agora eu tiver que perder contra Medvedev, não sentirei vergonha de perder para um adversário assim, embora pense muito no meu plano de jogo e no sucesso que já tive contra ele em Montreal. Sinto que tenho chance de lutar pela vitória, poucos jogadores podem dizer isso antes de enfrentar Medvedev no US Open. Nem todo mundo pularia para o outro lado da quadra pensando que vai ganhar."