O ex-tenista croata e atual treinador do sérvio Novak Djokovic, Goran Ivanisevic, concedeu uma entrevista ao jornal de set país Slobodna Dalmacija e falou, dentre outras coisas, da possibilidade de seu pupilo não disputar o US Open deste ano.
"Não sei sobre o US Open, é difícil pra eu falar. Estou mais otimista de que vencerei (o ATP) Umag do que de que o deixarem jogar no US Open. Eles não pedem vacinação lá, mas como país estão fechados para os não vacinados, por enquanto, ele não pode entrar no país. Não há problema com isso (vacinação) por parte do torneio", declarou Ivanisevic.
Questionado sobre o ano ruim do pupilo, o croata comentou: "O ano começou desastrosamente foi muito ruim, difícil. E a decisão da ATP de retirar pontos em Wimbledon é, na minha opinião, totalmente louca e errada. Mas no final das contas, foi importante para ele vencer, ele precisava disso, ele mostrou que é, sem dúvida, o melhor jogador na grama".
A reportagem ainda perguntou ao treinador qual o limite, em número de Grand Slams que vê Djokovic conquistar e destacou que se "há 10 anos alguém dissesse que os dois (Djokovic e Rafael Nadal) passariam (Roger) Federer em Slams, ninguém acreditaria". Porém, para Ivanisevic o fato já é real e a amplitude de títulos uma possibilidade, mas reclama: "É difícil dizer quantos ele terá no final, já que estão negando a ele o US Open agora...Na Austrália boa notícia é que as vacinas obrigatórias foram dispensadas, mas o governo tem que perdoá-lo pela sentença de três anos. Isso pode ser bom. Se estiverem (Nadal e Djokovic) saudáveis, não sei onde vão parar", completou.
Ivanisevic foi questionado se sugeriu ao pupilo que se vacinasse pontuou que a decisão está tomada e que respeita Djokovic, apesar de ele próprio ter se vacinado e não ter tido problemas: "Ele não quer ser vacinado, ele não quer isso em seu corpo, e ele nunca disse aos outros para não serem vacinados. Eu respeito e apoio sua decisão", afirmou dizendo que é errado afirmar que Djokovic é líder de qualquer movimento contrário a vacinação.