Nick Kyrgios, número 45 do mundo, entrou no debate, nesta quarta-feira, sobre a liberação do coaching para o circuito da ATP e contestou a opinião do técnico francês Patrick Mouratoglou que havia se mostrado favorável.
Leia Mais:
Australiano sofre lesão e desiste de Mallorca
Mouratoglou aplaude liberação do coaching e treta na web
Opinião - Coaching é uma evolução do nosso esporte
"Discordo completamente. Perde uma das únicas características únicas que nenhum outro esporte tinha. O jogador deve que descobrir as coisas por conta própria. Essa era a beleza disso. O que acontece se um jogador de alto nível contra um jogador de baixo escalão que não tem ou paga um treinador?" contestou o australiano em um comentário do francês.
Completely disagree. Loses one of the only unique traits that no other sport had. The player had to figure out things on his own. That was the beauty of it. What happens if a high profile player versus a low ranked player who doesn’t have or afford a coach?
— Nicholas Kyrgios (@NickKyrgios) June 22, 2022
Técnico de Rafael Nadal, Carlos Moya também se mostrou contra o coaching autorizado em entrevista ao Eurosport: "Moya comentou sobre a autorização do coaching a partir de 11 de julho no circuito masculino:
"Minha posição é que não sou a favor da introdução do coaching. Acho que justamente o tênis se caracteriza pela ausência de ajuda na quadra, é uma batalha solo para o tenista, nada mais. Nada a fazer com outros esportes. Faz parte do nível mental de cada jogador gerenciar o tempo entre ponto e ponto da melhor maneira possível com mil batidas de coração e ser capaz de pensar claramente sobre táticas e controlar suas emoções.
O treinador deve ajudá-lo antes, sempre antes do jogo, o jogo em si é como um exame, onde o jogador está sozinho. Eu não tocaria em nada, mas deve-se admitir que a nível de televisão no circuito feminino teve muita atração e acompanhamento. Para o espectador pode ser melhor, tudo é mais espetacular, mas eu discordo de tudo isso. Além disso, aumentará as diferenças entre os jogadores, não os equalizará como se acredita. Pensemos naquele jogador que viaja sem treinador, por exemplo. Haverá discussões, brigas, confrontos verbais entre jogadores e treinadores, é o que eu acho que será."