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Ryan Peniston superou câncer quando pequeno

Quarta, 15 de junho 2022 às 12:25:44 AMT

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Tênis Profissional

O britânico Ryan Peniston entrou nos holofotes no começo desta semana após bater o quinto do mundo, Casper Ruud, na estreia do ATP 500 de Queen´s, em Londres, e garantir vaga nas oitavas de final.



Com apenas um ano de idade, o tenista foi diagnosticado com tumor alojado em seu estômago. Eles detectaram o rabdomiossarcoma, um tipo de câncer associado aos músculos que estão ligados aos ossos e que afeta principalmente crianças. Várias sessões de quimioterapia conseguiram curar o britânico, que, 25 anos depois dessa doença, conquistou sua primeira vitória profissional no Queen's.

Peniston, regular nos torneios Futures e Challengers, nunca havia jogado uma partida da ATP. Aos 26 anos, o número 180 do mundo não teve oportunidade de se comparar aos melhores. Até que um acaso, uma espécie de sorte ligada a Andy Murray, permitiu que ele aparecesse no Queen's.

A corrida de Murray em Stuttgart, onde chegou à final, fez com que o tricampeão do Grand Slam não precisasse de convite para jogar no Queen's. A ATP deu-lhe um special-exempt por ter ido longe no torneio que foi disputado na semana anterior, liberando um dos wild-cards para a chave principal, oferecendo a Peniston.

"Não me lembro muito disso, o que acho bom", disse Peniston em entrevista coletiva. "Foi uma maneira difícil de começar minha vida. Especialmente teve que ser difícil para meus pais e irmãos. Depois disso, fiz exames e check-ups a cada dois anos, às vezes uma vez por ano, para ver se estava tudo bem. E aqui estou eu", acrescentou.

Peniston, que precisou de três anos para se livrar do câncer, começou a jogar tênis aos três anos de idade, mais tarde, aos treze anos, mudando-se para a França, mais especificamente para Nice, para o que hoje a academia de Moratoglou.

"Fui para a academia porque naquela época era muito difícil combinar estudos e tênis. Fomos por algumas semanas e adorei. Meu pai me perguntou se eu queria ficar e eu decidi que sim", explicou Peniston.

Mas a viagem de Nice ao Queen's não foi um conto de fadas. O oposto. Não foi até 2019, quando Peniston disputou seu primeiro Challenger, em Surbiton, que ele ainda estava fora do top 600 do mundo. Baseado em jogar Futures, o terceiro escalão do tênis, ele conseguiu entrar no top 400 em setembro de 2019, com quase 24 anos.

"Tem sido um processo muito gradual. Quando eu era criança, não estava entre os 20 melhores da Inglaterra. Nunca fui um dos melhores. Com treino e trabalho duro, minha grande oportunidade foi quando pude ir para a universidade nos Estados Unidos. Isso me ensinou o caminho que eu deveria seguir se quisesse chegar ao nível que buscava. Desde então, em cada treino, visualizo onde quero estar e o que quero alcançar”.

Na noite anterior à estreia do Queens, Peniston admitiu que teve problemas para dormir. "Estava muito nervoso. Era o meu primeiro jogo ATP e em casa. O bom é que sabia que não tinha nada a perder".

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