A britânica Tara Moore, 83ª da WTA, testou positivo no teste antidoping realizado durante a disputa do WTA de Bogotá, na Colômbia, realizado entre 4 e 10 de abril deste ano. Moore, de 29 anos, testou positivo para 2 substâncias anabolizantes.
No torneio, Moore jogou apenas a chave de duplas, onde ficou com o vice-campeonato ao lado da americana Emina Bektas.
De acordo com o comunicado divulgado pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA da sigla em inglês), Moore teve como resultado positivo para as substâncias anabólicas proibidas na lista da Agência Internacional Anti-Doping (WADA), Nandrolona e Boldenona.
Contidas na lista S1 de proibidos da WADA, os metabólitos forçam uma suspensão provisória. A ITIA afirma que comunicou a atleta do resultado positivo em 27 de maio e a partir deste comunicado, Moore pode requerer a contraprova, pois todos os testes antidoping são realizados em duas amostras, sendo a A testada e a B conservada para solicitação de contraprovas.
Em sua defesa, a tenista publicou um comunicado nas redes sociais: "Eu nunca tomei conscientemente uma substância proibida em minha carreira. Estou investigando como o resultado positivo pode ter ocorrido e estou ansioso para provar que sou um atleta limpo. Estou profundamente triste com a suspensão provisória e espero estar de volta à quadra o mais rápido possível".
De acordo com o programa antidoping do tênis mundial, da ITF, Moore violou os artigos 2.1 e 2.2 do programa, o que pode ter uma pena de 2 anos de suspensão e até uma ampliação para 4 anos, mas tudo depende de como o processo andará. Moore tem 21 dias a contar do último dia 27 de maio para solicitar a contraprova antes do inicio do processo.
As substâncias
A Nandrolona é uma substância anabolizante, utilizada para tratamento de anemias ou doenças crônicas como insuficiência renal associada à anemia. No organismo, além de ampliar o apetite, a substância atua para uma melhor absorção de proteínas e aumento da produção de hemoglobina (células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio). Sua aplicação é injetável de acordo com alguns fabricantes.
Boldenona é um esteroide veterinário utilizado para o tratamento de cavalos debilitados muscularmente. Sua aplicação é injetável e não existe recomendação clínica ou de seus fabricantes para o uso em humanos. Ainda assim, a substância conhecida como "hormônio de cavalo" é utilizada por alguns fisiculturistas e praticantes de musculação para ampliar a síntese proteica no organismo, absorção de oxigênio e ganho de massa muscular. Estudos de diversos países comprovam que o uso desta substância em humanos afeta, principalmente, fígado e ruins.
Vale ressaltar que no mercado de produtos e "suplementos alimentares nutricionais" alterados pode haver presença de Boldenona entre os componentes, normalmente associados a substâncias como metandienona, estanozolol, dehidroclorometiltestosterona, oxandrolona e outras.