Tsitsipas cita nervosismo e lamenta passividade: 'Foi ridículo'

O tenista grego Stefanos Tsitsipas, número quatro do mundo, citou nervosismo e lamentou sua passividade na derrota desta segunda-feira pelas oitavas de final de Roland Garros, torneio em que defendia o vice-campeonato do ano passado.

"Ele jogou muito bem, mas tenho que destacar minha má gestão do jogo de base da minha parte. Senti que estava perdendo muitas trocas, dando a ele muitos pontos grátis sem me dar a chance de competir. Quando entrava na quadra, era como se eu fosse um jogador diferente", disse o grego após queda por 7/5 3/6 6/3 6/4 em 3h01min para o dinamarquês Holger Rune, 40º colocado.

"Nos últimos dias, tive dificuldade em encontrar um ritmo. Eu estava muito nervoso em quadra. Eu estava muito frustrado. Sabia que estava caindo no abismo, mas não conseguia parar. A sensação é parecida com a que você sente quando troca algum equipamento, mas não posso culpar isso porque é algo que escolhi para meu aperfeiçoamento. O que posso dizer é que voltar mais perto levou meu tênis a uma dimensão diferente do que era antes. É algo que pudemos ver nos últimos dois games dele no saque. Consegui colocar mais pressão. Era como dia e noite. Cheguei atrasado para o jogo".

A passividade e o jogo mais atrás pesou contra Tsitsipas: "Eu estava devolvendo muito longe ao longo do jogo. Ele serve bem, mas não é John Isner. Psicologicamente, isso me afogou completamente. Uma vez que eu perdi várias devoluções ou não retornei fundo, ele se sentiu muito confortável em fazer boas jogadas. Eu não estava aplicando nenhum tipo de pressão nele. Isso é ridículo. Eu tenho sido teimoso para não mudar isso. Não mudei porque é algo que me ajudou no passado e me deu sucesso. Agora, é tarde."

Sobre possível pressão por estar em uma parte da chave sem outros grandes favoritos, Tsitsipas respondeu: "Não. Eu não olho para a chave. Não sei quem será meu próximo adversário. Eu sei como tenho que fazer as coisas para chegar ao lugar que cheguei no ano passado. Mentalmente e fisicamente, tudo estava bem. O que eu tive foram alguns problemas no treinamento. De volta à frustração, a não entender algumas coisas e padrões que eu tentava impor. No fundo da sua cabeça, você tem aquela mudança de equipamento que você fez e você pensa o tempo todo se fez bem fazendo isso."

Tsitsipas elogiou o rival, de 19 anos, que joga Roland Garros pela primeira vez: "Ele é jovem e joga com muita emoção. Ele é um adversário único. É como se sempre houvesse algo o incomodando quando ele joga. Ele não é alguém que eu encontro com frequência. Mas, de repente, ele começa a jogar incrível. Ele é muito emotivo e pode jogar muito bem. Ele merece a vitória porque jogou melhor, mas vejo coisas diferentes na próxima vez que o enfrentar. Estou convencido de que posso fazer melhor. Não me dei a oportunidade de me sair bem hoje e é uma pena."

Tsitsipas só pensa na revanche agora: "Esses caras vão querer me vencer porque estão vindo de baixo. Eu também, mas de uma posição diferente da deles. Eu também quero vencê-los. Agora que eles me venceram, quero fazer o mesmo."