O suíço Roger Federer concedeu uma entrevista a revista suíça Caminada Magazin e falou entre outras coisas de vinhos, paternidade, retorno às quadras, admiração por Rafael Nadal e até culinária, rasgando elogios a esposa.
Na longa entrevista, Federer revelou que não sabe cozinhar, mas que é "muito sortudo" pois tanto a mãe quanto a mulher, Mirka, cozinham muito bem.
O suíço também falou sobre o quanto sua esposa, que deixou a Eslováquia ainda criança em razão de conflitos armados no país, está abalada e triste com a situação da guerra na Ucrânia.
Roger foi perguntado sobre uma fala da mãe, que disse que as pessoas não fazem ideia de quanto seu trabalho é furo: "Ela está certa. Não posto muitas fotos do treino extenuante porque sempre tive a convicção de que era algo natural. Todo mundo treina duro. Eu jurei a mim mesmo que até o final da minha carreira eu não estaria completamente quebrado. Mais tarde, gostaria de esquiar com as crianças e jogar futebol com meus colegas. É por isso que estou fazendo reabilitação agora - não apenas para o tênis. Também para a vida após sua carreira"
Questionado sobre a preparação de seu retorno às quadra, o suíço respondeu: "Eu não posso nem pensar tão longe. Estou esperando o aval dos médicos. Estou pronto para dar tudo de mim novamente. Eu me sinto como um cavalo de corrida arranhando sua baia e querendo correr. No verão, espero ser capaz de começar a correr. Estou ansioso para voltar para casa à noite depois de um dia duro de treinamento e estar completamente exausto".
Federer foi questionado se ver Rafael Nadal levantando seu 21º Grand Slam foi uma inspiração para ressurgir das cinzas também: "Absolutamente. É incrivelmente inspirador quando alguém volta de grandes problemas de saúde. Rafa e eu conversamos ao telefone de vez em quando, conversamos muito. Eu sabia que ele não estava indo muito bem, mas quando ele conseguiu, fiquei muito feliz por ele. O esforço é imenso. Hoje, apenas a preparação para uma partida leva muitas horas".
Com muitas atividades, entre ser atleta, empresário, garoto propaganda e afins, Federer foi perguntado qual seu maior desafio: "Ser um bom pai é o desafio da minha vida. Os adolescentes têm tantas coisas em suas mentes. Torna-se mais complicado, mais emocional, mais profundo. Acho legal, mas me afasta mais. Como pais, agora temos que fazer um esforço maior para resolver os problemas. É também a primeira vez que sou pai de meninas de treze anos e de meninos de oito anos. Todo território novo para mim. Espera-se que os pais sejam educadores perfeitos - impossível! Tentamos fazer o nosso melhor todos os dias. Mas para ser honesto: às vezes ser pai é realmente exaustivo. Você sempre acha que outras famílias têm facilidade, aí você conversa com os amigos e vê: todo mundo tem os mesmos problemas".