Logo após levar a virada do canadense Denis Shapovalov nas oitavas de final do Masters de Madri, o espanhol Rafael Nadal voltou a lamentar a lesão crônica que tem nos pés e revelou que pode viajar para Roland Garros acompanhado de seu médico, Miguel Angel Cotorro.
"Eu não estou lesionado. Sou um jogador que vive com uma lesão", disse Nadal, referindo-se à Síndrome de Mueller-Weiss que afeta seu pé. "É algo que está aí e, infelizmente, meu dia a dia é difícil, sinceramente. É difícil para eu aceitar a situação às vezes", desabafou após a derrota.
"É frustrante ver que não posso treinar continuamente por dias. Hoje comecei a sentir muitas dores no meio do segundo set e era absolutamente impossível para mim jogar. Não quero tirar o crédito de Denis, longe disso, ele mereceu vencer", seguiu.
No meio da entrevista, Nadal voltou a desabafar com os jornalistas: "Chegará um momento em que minha cabeça diz o suficiente, porque a dor tira minha felicidade. Não só pelo tênis, pela minha vida.
Questionado especificamente pelo problema, Nadal explicou: ""É uma dor permanente, às vezes mais e às vezes menos, mas hoje foi uma loucura. Eu adoraria poder dizer outra coisa, falar sobre tênis, mas é isso. Não importa quanta experiência você tenha, é difícil administrar o que sinto agora. Quando não consigo me movimentar bem, tudo fica muito difícil. O pior é que sinto que voltei a um bom nível de jogo, senti coisas muito positivas em treino e competição. Não sei o que fazer agora, não sei se descanso ou treino. Ir para Roland Garros ainda é meu objetivo".
O espanhol foi questionado se o problema pode comprometer sua participação em Roland Garros, Rafa confessou que pretende disputar o Slam parisiense sem dores e deve contar coma presença de seu médico na capital francesa.
"Este segue sendo o objetivo, tenho em uma semana e mais alguns dias. Eu ainda vou continuar sonhando", confessou.