Em entrevista ao Channel 9, da televisão australiana, Craig Tiley, diretor do Australian Open, negou que a organização tenha feito um favor para Novak Djokovic poder disputar o torneio sem vacina.
Em conversa com a televisão australiana, o diretor do Australian Open 2022 revelou que até 26 jogadores solicitaram isenção médica para jogar o primeiro Grand Slam do ano, garantindo apenas "um punhado" dessas isenções. Além disso, deixou claro que é o próprio Djokovic quem, se julgar apropriado, deve falar sobre sua isenção e a condição médica acrescentada, deixando claro que o torneio não pode divulgar "informações médicas ou pessoais" de quem se inscreve. uma isenção.
“Houve 26 pessoas que fizeram candidaturas médicas, mas se não cumpriram as regras, e houve muitas que não cumpriram, foram rejeitadas. Uma das condições é ter tido Covid-19 nos últimos seis meses… Qualquer pessoa que tenha essas condições pode entrar. Não houve um favor especial ou oportunidade especial dada ao Novak nem será dada a nenhum tenista".
"São as mesmas bases pelas quais qualquer pessoa pode receber uma exceção médica, seja um australiano a voltar a casa ou um visitante internacional. Há várias razões pelas quais podem não estar vacinados. ATAGI definiu regras muito claras que têm de ser seguidas para poder entrar. Para os tenistas, foi um processo foi ainda maior porque houve um painel extra a avaliar as candidaturas. Neste caso, uma exceção médica foi dada com base em informação médica privada que nós não recebemos e que cabe a quem fez candidatura divulgar se quiser”, referiu.
“A Austrália teve a maior resposta à Covid-19 e o governo fez tudo o que era possível para ficarmos em segurança. Há pessoas indo e voltando para a Austrália que tiveram reações adversas, miocardites, ou porque tiveram Covid-19 nos últimos seis meses. Fizemos com que fosse extra difícil para quem quer que se candidatasse a uma exceção médica para garantir que o processo era certo. A decisão é dos especialistas médicos independentes. Novak fez a candidatura. Houve 26 pessoas que pediram e só um punhado foi aceito.
Tiley disse que quem deve explicar o motivo central é o próprio Djokovic: "Depende do Novak. Não nos cabe a nós falar da informação médica privada. Essa conversa foi entre o Novak e o painel de médicos. E a exceção médica é dada ou não. Dissemos aos jogadores que se querem ter a certeza de que podem vir, que se vacinem. Se têm razões médicas para não o fazerem, há um processo que se pode seguir".