Provavelmente, poucos atletas chegaram tão favoritos ao ouro às Olimpíadas de Tóquio quanto Novak Djokovic. Além da desistência de alguns de seus principais rivais, como o espanhol Rafael Nadal e suíço Roger Federer, o sérvio vinha numa fase fantástica, com 22 vitórias seguidas e invicto em Grand Slams neste ano. Nas semifinais, no entanto, Alexander Zverev, aos 24 anos e quinto do mundo, tratou de protagonizar a maior zebra desta edição do tênis olímpico. E vai decidir o ouro contra o número 5 do mundo, o russo Karen Khachanov, de 25 anos e 25º do planeta.
Não que o alemão esteja por acaso no top 10 há tanto tempo: desde 31 de julho de 2017. Lógico que não. Ele vem evoluindo a olhos vistos. Até pouco tempo atrás, Sasha parecia sentir a pressão na reta final de torneios importantes.
Essa história começou a mudar ano passado, no US Open, quando chegou à primeira final de Grand Slam, em sua 21ª tentativa. Até então, sua melhor performance em um dos quatro torneios do circuito havia sido a semifinal do Aberto da Austrália, na mesma temporada.
Desde que chegou à decisão em Nova York, o alemão disputou mais três Slams: foi quadrifinalista em Melbourne, atingiu semi inédita em Roland Garros e parou nas oitavas em Wimbledon.
Acredito que a surpreendente final olímpica seja equilibrada. Até hoje, foram quatro jogos entre Khachanov e Zverev, com duas vitórias para cada. O russo, aliás, ganhou os últimos dois encontros: nos Masters 1000 do Canadá, em 2019, e de Paris, um ano antes.
Sonho frustrado
A derrota para Zverev frustra o sonho de Nole de conquistar o Golden Slam. Seria vencer os quatro Grand Slams e o ouro olímpico na mesma temporada. Em 2021 ele conquistou o Aberto da Austrália, Roland Garros e Wimbledon e vai chegar favoritíssimo ao US Open no final deste mês.
Os próximos capítulos do circuito mundial prometem muitas emoções.
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.