Rafael Nadal se mostrou positivo apesar de ter mais uma vez oscilado e jogado três sets no saibro. Ele passou pelo japonês Kei Nishikori, 39º, por 6/0 2/6 6/2 em um terceiro set onde salvou cinco break-points e um 0/40 logo no primeiro game.
"A partida tem uma análise mais ou menos simples. Comecei jogando bem. Diferente de ontem, estive mais dinâmico e buscando o forehand, dominando todos os pontos. Às vezes ocorre, que quando ganha assim um set, o outro começa a jogar melhor . Tive o break-point para fazer o 1/0 com uma bola para passar e falhei.
A partir daí ele aumentou muito o nível. Creio que joguei muito bem a partir daí e me custou ajudar seu nível. Sofri muito. Creio que há coisas muito positivas comparado com o jogo de ontem. Seguir acumulando partidas é o objetivo, cada vitória significa muito para mim", disse Nadal que explicou o segundo set.
"Isso é algo que não quero passar porque com uma quebra você tem opção nos momentos finais. Sempre tem mais tensão com quem saca e você dá um extra e ter ficado duas quebras fez impossível e foi erro meu. Logo me senti muito bem no terceiro set. Botei bolas mais longas e consegui mudar mais pra paralela com meu forehand. Foi um jogo difícil, mas vou com sensações positivas".
Sobre o terceiro set, Nadal pontuou a mudança de tática: "Necessitava de algo a mais. Ele estava jogando muito limpo, escolhendo bem os golpes e em um nível altíssimo. Foi difícil pará-lo. Resisti no começo do terceiro e mudei as direções da bola. Estou contente que pude sobreviver e ter jogado melhor que ontem".
Sobre o saque, o espanhol afirmou: "Segue evoluindo bem. Depois de um dia tão ruim como contra o Rublev (Monte Carlo) , necessita tempo, mas creio que foi melhor que ontem. Nos momentos importantes consegui conectar um bom saque. O saque não é algo que me preocupou muito hoje. Confrio que não será problema nas próximas semanas. Partidas como a de ontem e de hoje ajudam. Jogar jogos de três sets não é algo negativo para mim, tomo como positivo. Estou encantado de seguir competindo".
Ao ser perguntado se está na direção correta, ele apontou: "Tenho que traçar meu caminho. Sou consciente que as coisas são complicadas. Se tivesse sido capaz de vencer Monte Carlo e ter feito final, as coisas talvez seriam mais fáceis depois disso, mas o 'se' não serve para nada. Não sou fã dessas palavras porque cada um tem que conviver. Sou consciente que competi pouco esse ano e que tenho que passar por momentos difíceis. Assumo o desafio e a dificuldade".