A partir de 2021, o mineiro Marcelo Melo entrará em quadra ao lado do holandês Jean-Julien Rojer. Motivação e empolgação são as palavras usadas pelos dois tenistas com a nova parceria.
Amigos, eles começam a planejar o próximo ano, com o calendário divulgado pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) para as primeiras semanas. Após o final da temporada 2020, Melo retornou para Belo Horizonte (MG), onde vem treinando com o irmão e técnico, Daniel Melo, e com o preparador físico Chris Zogno. No ATP Finals, em novembro, encerrou, com muita emoção, a dupla que formou durante quatro anos com o polonês Lukasz Kubot. Rojer jogava desde 2014 com o romeno Horia Tecau.
“Muito motivado com essa nova parceria. Conheço o Jean-Julien há bastante tempo. Ele também está extremamente motivado, feliz dessa parceria comigo. E acho que isso vai ser muito importante para termos boas chances de jogar bem. Contamos com um jogo sólido e espero que dê muito certo. Vamos fazer de tudo, treinar. Estamos bem empolgados”, explicou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Volvo, Orfeu Cafés Especiais, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
Rojer também não escondeu a empolgação. “Primeiro de tudo, eu estou muito empolgado em jogar com o Marcelo. Ele é um dos melhores tenistas de duplas do mundo nos últimos 10 anos, talvez mais. Uma grande pessoa. Então, estou ansioso porque acredito que nosso estilo de jogo possa se dar bem junto. Marcelo é não só um amigo, como um dos melhores amigos que tenho no circuito. Será bem legal formar dupla com ele”, afirmou.
Marcelo Melo e Jean-Julien Rojer já jogaram juntos uma única vez. Foi em abril de 2016, no ATP 250 de Munique, na Alemanha. Com 29 títulos conquistados na carreira, entre os quais dois Grand Slam – Wimbledon 2015 e US Open 2017, ambos com Tecau -, Rojer, 39 anos, encerra a temporada na 25ª colocação no ranking mundial individual de duplas divulgado pela ATP. Seu melhor ranking foi o de número 3 do mundo, em 2015.
Melo aparece empatado com Kubot na décima colocação, com 5.700 pontos e como a sétima melhor dupla de 2020, com 2.340 pontos. Esta é a oitava temporada seguida em que Marcelo termina entre os Top 10. No ano passado foi sétimo. Em 2018, nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou oito seguidas -, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho de 2019, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas - como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 - e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Único brasileiro na história a ser número 1 do mundo em duplas.
Em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o polonês Lukasz Kubot, e no mês de outubro, no ATP 500 de Viena somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 37 anos, e Kubot, 38 anos, formaram parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.