O treinador argentino Dante Bottini recebeu uma convite "irrecusável" do búlgaro Grigor DImitrov, 19º do ranking da ATP, e desistiu da parceria com o chileno Nicolas Jarry, sem ranking efetivo após punição de 11 meses por doping.
Ex-tenista sem grande sucesso, Bottini disputou a NCAA, liga de tênis universitário dos Estados Unidos, e após formado e sem sucesso no circuito profissional, foi trabalhar como treinador na academia de tênis da IMG, na Flórida. Ali, iniciou a mais longa parceria de sua carreira, com o japonês Kei Nishikori, de quem foi treinador entre 2010 até outubro de 2019.
Ao lado de Michael Chang na equipe técnica de Nishikori, auxiliou o japonês a alcançar o número 4 do ranking mundial em 2015 e o levou a uma final de torneio do Grand Slam, o US Open 2014.
Após o fim da parceria com o japonês, Bottini foi anunciado como chefe da equipe de Nicolas Jarry em dezembro de 2019. Mas apenas pouco mais de um mês do início dos trabalhos, Jarry foi suspenso por doping e ficou praticamente todo 2020 sem jogar. O retorno em novembro foi protagonizado por três derrotas consecutivas.
Em seu Instagram, há dois dias, Jarry fez o comunicado da saída de Bottini sem maiores detalhes: "Desejo muita sorte a Dante Bottini em seu novo projeto. Foram meses muito bons e intensos, nos quais aprendi muito. Logo, logo conto a vocês quem será minha nova equipe".
Bottini já está em Monte Carlo onde trabalha a pré-temporada com Grigor Dimitrov. A dupla ainda não confirmou a parceria, porém o treinador "oficial" de Dimitrov, o ex-número 1 do mundo Andre Agassi passou as duas últimas
semanas treinando o norte-americano Sebastian Korda.
Andre Agassi e Grigor Dimitrov começaram a trabalhar juntos no início de 2019. Para o búlgaro, Agassi é uma espécie de treinador especial, que está com ele em períodos específicos do ano. Esta é a segunda vez que Dimitrov muda o treinador do dia a dia e deve manter Agassi.