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Tsitsipas precisa, urgente, de um psicólogo!

Sábado, 05 de setembro 2020 às 12:21:51 AMT

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Tênis Profissional

Por Gustavo Loio - Stefanos Tsitsipas tem um cardápio completo de golpes, além de uma movimentação excelente para alguém com 1,93cm. Sua precisão e forças nos golpes, como o saque e a direita, impressionam.



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O backhand também merece muito respeito. Uma pena que um jogador deste quilate ainda não consiga, muitas vezes, controlar o emocional, algo tão importante no tênis.

É óbvio que, aos 22 anos, a maioria dos jogadores ainda vai amadurecer. Essa certamente, é a maior esperança para os fãs deste fenômeno grego espalhados pelo mundo.

Contudo, enquanto a maturidade não vem, Tsitsipas precisa, e muito, da ajuda de um psicólogo. Na noite desta sexta, numa partida de nível técnico nas alturas, na terceira rodada do US Open, o jovem grego tinha a vitória nas mãos contra um brilhante croata Borna Coric. A vantagem, no quarto set era de 5 a 1, e ele chegou a ter seis match-points.

Em que pese a espetacular atuação do rival, que jamais deixou de acreditar na virada, o número 6 do mundo não pode se dar ao luxo de cometer tantos vacilos. O maior deles, certamente, foi brigar, novamente, com o pai e técnico, Apostolos, em pleno quarto set.

Talvez seja a hora de o patriarca sair de cena, contratar outro treinador e ver o filho decolar ainda mais. Mesmo porque os atritos entre ele e Stefanos não são novidades. Em janeiro deste ano, o número 6 do mundo, em um de seus ataques de fúria, o herdeiro estraçalhou a própria raquete e acertou o pai, durante derrota para o australiano Nick Kyrgios, na ATP Cup.

Voltando ao jogaço do US Open, no quinto set Tsitsipas deu outra clara demonstração do quanto seu emocional estava abalado: ao cometer suas duas primeiras duplas-faltas naquela parcial justamente no tiebreak. Um deslize enorme para quem saca tão bem.

Enfim, se Tsitsipas não ajustar a parte emocional, periga continuar perdendo partidas que estavam em suas mãos, como essa mais recente, e não passar de uma grande promessa. Por outro lado, se corrigir isso, eu o vejo em condições de, num futuro próximo, enfileirar Grand Slams.

 

Sobre Gustavo Loio:

Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.

 

 

 

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