A ex-tenista americana Ashley Harkleroad surgiu comogrande promessa americana nos anos 90, mas vingou mais fora das quadras do que dentro com ensaio inclusive para a renomada revista masculina Playboy. Ela deu entrevista para o Behind the Racquet e falou sobre o espírito livre.
"Com somente 14 anos já era a melhor tenista do meu país. Aos 15 me tornei profissional e assinei contrato de cinco anos com a Nike. Aos 16 era número 3 do mundo juvenil, aos 17 fiz final de Roland Garros e ganhei um challenger de US$ 50 mil. Aos 18 anos era a 39 do mundo da WTA. Mais tarde rompi o ligamento do cotovelo, decidi evitar a cirurgia e tomei seis meses de descanso para sanar a ferida, a solução era parar. Desde os 13 anos tratava o tênis como se fosse trabalho e me via queimada em um lugar obscuro".
"Nesse momento que desenvolvi um transtorno alimentar. Não soube manejar a pressão da gira, minhas expectativas vieram duplicadas por culpa de minha família, equipe e meus empresários. Quando me tomei esse tempo livre, nem congelei meu ranking, passei do top 50 para o 200. Oito meses depois, me senti forte mental e fisicamente para voltar a jogar".
"Meu contrato com a Nike tinha terminado e tinha que buscar minhas próprias peças. Meu cotovelo estava melhor, mas nunca ficou 100% curado. Aos 19 anos me casei com meu companheiro de tênis, Alex Bogomolov. Aos 21 nos divorciamos. Não éramos felizes e estavamos por caminhos diferentes. Sou do sul e as meninas do sul tendem a se casar e ter filhos cedo, assim que isso esteve sempre em minha mente, já sabia que minha carreira profissional não duraria muito. Conheci meu esposo atual, Chuck Adams, que viajou comigo por três anos e meio no circuito. Até que aos 24 tive meu primeiro filho, tinha muita vontade, logo somente jogaria mais um ano antes de me aposentar".
"Meu melhor ranking foi o 39 do mundo, nuncafui conhecida por ser a mais sólida em quadra, mesmo assim tive a oportunidade de ser capa da Playboy por conta do tênis. A reportagem da Playboy destacou minha carreira do tênis e mostrou meu espírito livre. Não tenho nenhum sentimento negativo sobre a Playboy, mas sim teve algumas coisas que teria feito diferente dentro do circuito Teria vivido mais o momento no lugar de pensar constantemente no futuro. Tinha explorado novos lugares ao invés de ficar sempre na mesma rotina. Estou muito agradecida com tudo que o tênis me deu. No fim das contas me abriu muitas portas na vida".