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Pospisil revela que jogadores eram contra a realização do US Open

Quarta, 24 de junho 2020 às 08:37:11 AMT

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Tênis Profissional

Em entrevista ao programa OverDrive, o canadense Vasek Pospisil revelou preocupação do Conselho dos Jogadores a respeito da realização do US Open e destacou o fato de até o momento sul-americanos não poderem entrar nos Estados Unidos.



O tenista começou a conversa, feita por telefone, afirmando que se o tênis começasse a ser jogado esta semana ele provavelmente "não estaria apto" a competir, mesmo já tendo voltado às quadras de treino. Pospisil ainda ressaltou a importância de "se saber que o tênis retorna em seis semanas" para que não apenas ele, mas também seus colegas: "Possam realizar um treino com esse objetivo de voltar firme em seis semanas, buscando se prevenir de eventuais problemas", e contou parte de como seu treinamento tem sido desenvolvido.

Pospisil, que é muito admirado no Canadá por sua atuação no Conselho dos Jogadores da ATP por busca de mudanças em benefício da maioria dos tenistas fora do topo 50, foi questionado sobre como recebeu a informação de que a federação norte-americana (USTA) realizaria o US Open 2020: "Eu entendo a situação "por de trás dos negócios", obviamente realizando o torneio assim será menos rentável, algo tipo 80% a menos do que normalmente eles fazem, o que é uma situação desafiante. Isso também afeta a situação das premiações financeiras, que de certa forma foram abatidos com algumas reduções [menores chaves de duplas, inexistência de torneio qualificatório ou qualquer categoria que não simples e duplas feminino e masculino]", iniciou ele em entrevista ao programa que faz parte da programação da rádio TSN.

"Minha preocupação é essa. Não ter qualificatório para o pessoal de baixo ranking jogar. Minha preocupação é se foi justo por parte da direção [Conselho dos Jogadores]. Se você olhar o sistema do ranking, se você não joga não há como melhorar no ranking. Além disso, tem a situação na América do Sul, que é ainda muito complicada e pode dificultar com que os atletas de lá estejam em Nova York", analisou e seguiu: "Há questões que precisam ser feitas e respondidas. Não está perfeito no momento. Muitos jogadores estão muito preocupados, com razão, num consenso geral a maioria era contra [a realização do US Open]. (Mas) É bom para o tênis ter o US Open, mas em pé de igualdade. Esta é minha prioridade: dar oportunidades iguais a todos que estão no esporte".

O tenista ainda pontuou que acredita que a USTA tem tomado as precauções necessárias para "proteger" os tenistas, mas pondera sua preocupação caso algum tenista fique contaminado: "O tênis é uma pequena bolha, mesmo com todo distanciamento social é preocupante se alguém se contamina".

 

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