Dia 4 de junho de 2001, há quase 19 anos, Gustavo Kuerten chegava como franco favorito contra o desconhecido Michael Russell, número 122 do mundo, e viu um destemido adversário quase derrubar suas chances do tricampeonato que viria uma semana depois.
O site da Associação dos Tenistas Profissionais relembrou neste domingo esse duro embate onde Guga salvou um match-point no 3/5 do terceiro set em uma longa troca de bolas onde colocou uma delas na linha para vencer por 3/5 4/6 7/6 (7/3) 6/3 6/1.
Foi um jogo marcante onde pela primeira vez Guga pintava na quadra um coração e se deitava. Virou rotina até o título contra Alex Corretja. E esse gesto foi repetido por Novak Djokovic em sua conquista do torneio em 2016.
"Foi muito especial, talvez um dos melhores sentimentos em minha vida em uma quadra de tênis. Gosto desses desafios, a lutar e dar meu máximo",disse Guga na época.
"Estava um match-point abaixo na primeira rodada do quali e de repente com um match-point a favor contra o número 1, então foi muita loucura em um período de três semanas. Fui capaz de recuperar rapidamente dessa derrota, mas muito sendo tão jovem para essa virada. Não me dei a chance de ficar negativo", disse Russell que chegou ao top 60 mundial.
"Nós rimos disso depois, mas óbvio que é fácil fazer piada quando você é quem ganha. Mesmo assim quando volto para Paris, os torcedores vem me dizer que lembram daquele jogo e o quão especial foi. É muito legal ter esse suporte. A partida me ajudou para o restante da carreira, pois me fez acreditar que poderia vencer qualquer jogo que entrasse em quadra".