A ex-número 1 do Brasil e 286ª do mundo, Beatriz Haddad Maia, abriu o coração em entrevista ao podcast A Voz do Tênis, na qual contou como e onde recebeu a informação de que estava suspensa provisoriamente após dar positivo em exame.
A tenista contou que estava no litoral sul de São Paulo, almoçando com primos em um restaurante quando recebeu o e-mail da ITF: "Quando abri para ler, tive dificuldade de entender do que se tratava. Até que eu vi “provisional suspension” nas três primeiras linhas. Foi então que eu entendi. Era uma carta da ITF relacionada à Wada (Agência Mundial Antidoping)", pontuou.
A brasileira disse que se sentiu mal, precisou ir ao banheiro e lá conseguiu chorar. "Eu desabei em lágrimas e já não conseguia ler mais nada. Até hoje eu não terminei de ler a carta. Me arrepiei, gritei de desespero. Eu estava realmente desesperada", contou ela que voltou imediatamente para São Paulo.
"O choque inicial foi o mais duro. Eu não conseguia aceitar que eu tinha testado positivo em um exame antidoping. Ficava pensando se não podia ser um erro, se não tinham se enganado. Não era possível. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido. Pensava em mil coisas e, ao mesmo tempo, não sabia por onde começar, não sabia para quem ligar", seguiu.
A tenista ainda comentou sobre as incertezas do processo, o fato de torneios como o US Open se aproximarem e ela não ter uma posição . "Tudo era muito incerto. Não havia luz no fim do túnel", revelou. Bia ainda contou que teve problemas para dormir, entre outras revelações sobre o longo período do processo até o julgamento.
Ouça o podcast: