Luisa Stefani (Tennis Warehouse), número 46 do mundo nas duplas e primeira do Brasil, segue em sua quarentena na Flórida, nos Estados Unidos, e dando foco na parte física diante da pandemia do coronavírus e da paralisação do tênis até pelo menos o dia 13 de julho.
A tenista acredita que o calendário deve sofrer um novo atraso, mas acredita que o circuito possa voltar esse ano. Os Estados Unidos passaram dos 360 mil casos e o mundo contabiliza mais de 1,3 milhão de infectados pela doença. A sede do US Open, em Nova York, virou hospital com 350 leitos para desafogar o sistema de saúde local.
"Acho muito otimismo achar que voltaremos em julho considerando as restrições de viagem e a situação nos Estados Unidos. Na Ásia está melhorando, mas como tudo ainda é incerto e vários lugares estão lidando com situações diferentes e tempos diferentes acho muito difícil voltarmos em julho. Se for em setembro ficaria muito feliz, não vejo eles cancelando o ano inteiro a não ser que as coisas não melhorem nos próximos meses. Espero jogar ainda esse ano, mas vai depender daquestão da saúde mundial. É ficar paciente para que possa rolar tênis ainda esse ano", disse Stefani que comentou a situação na Flórida da pandemia.
"Estamos em lockdown mandatório na Flórida. Por sorte moro em condomínio aqui e tem muita área aberta, nas últimas duas, três semanas saí umas duas vezes para ir ao mercado. Não teve nenhum caso aqui no condomínio. Situação na Flórida no momento não é tão grave como nos estados mais ao norte, mas temos casos e mortes,é preciso continuar se cuidando e tomando todas as precauções, ficando em casa".
Sem poder treinar da forma adequada, a jogadora vem dando ênfase na parte física e aproveitando o momento em casa para realizar outras atividades: "Tenho feito físico todos os dias em uma grama artificial de futebol americano aqui, um campinho, tanto correr, fazer elástico, pegar peso, etc. Dentro de casa onde passo a maioria do tempo tenho tocado violão, que adoro, comecei um quebra-cabeça de 2.000 peças, tenho um grupo de amigas e ficamos lendo conversando e falando sobre o livro, tenho gostado bastante. Comecei um um curso online que a Harvard oferece de sete semanas de mudança de clima. A WTA tem oferecido várias opções de cursos educacionais e ideas de treinamento, eles têm mantido contato conosco de exercícios ou maneiras de conseguir algum trabalho, eles ajudam, estou em um desafio de yoga de 30 dias, tenho achado uma rotina, continuando com a disciplina".
Luisa fez nos primeiros meses do ano oitavas do Australian Open, quartas do WTA Premiere de Dubai, nos Emirados Árabes, e foi campeã do WTA 125 de Newport Beach, nos EUA. Ela e a parceira americana Hayley Carter ocupam o nono lugar no ranking que classifica as oito melhores para o WTA Finals,realizado em Shenzhen, na China.