Por Ariane Ferreira - A semana de disputa do Brasil Open foi uma oportunidade para que crianças de Institutos que promovem ações educacionais e sociais através do tênis, pudessem colocar suas crianças em contato com o esporte profissional.
No domingo, 24 de fevereiro foi realizado o Kids' Day, com participação de mais de 70 crianças, que foram levadas pelos pais e participaram de atividades com os tenistas brasileiros Thiago Monteiro e Thiago Wild e o japonês Taro Daniel.
Já na quarta-feira, dia 27, foi a vez de 44 crianças do turno da tarde do Instituto Próxima Geração, criado por Mauro Menezes e constituído com apoio da BV (saiba mais sobre). As crianças tiveram a oportunidade de acompanhar a programação de oitavas de final do torneio paulistano e como uma atividade extra puderam bater bola com Thomaz Bellucci e bater um papo com o Tênis News na sala de imprensa do torneio para viverem por completo a experiência de um jogador profissional.
O contato com tenistas profissionais e o compartilhar da quadra tem respostas semelhante junto às crianças, com suas diferenças: "É uma inspiração muito grande sim, porque um dia eu quero chegar a ser uma das melhores no projeto que eu tenho de vida, que é ser uma empresária bem sucedida", conta Luma Beatriz, de 15 anos, que conheceu o tênis através do instituto e que viu nele uma oportunidade de aprender e se desenvolver como ser humano.
Parte da equipe de aspirantes do projeto, Titi, que foi vice-campeão do Banana Bowl na categoria abaixo de 11 anos, contou que bater bola com Bellucci foi "muito legal" e que tem o brasileiro como inspiração. Tímido, o garoto deu espaço para que o desenvolto Gabriel Silva, de 11 anos, que sonha em ser jogador profissional. "Eu quero ter um futuro bom na minha vida e quero poder jogar contra um daqueles que ali estão", contou. Gabriel analisou Bellucci, pontuou que a bola do canhoto é "muito leve, de alta rotação e em golpes curtos".
O ambiente do torneio também foi algo de novidade para as crianças, Luma destacou a velocidade da bola: "É tão rápida, que se você fica só olhando a bolinha, você perde o local onde ela caiu e fica 'mas foi fora mesmo?'". Gabriel viveu uma espécie de choque maior de realidade: "Olhando eles parece que é fácil jogar tênis, até que você vai bater na bola".
A diferença entre os participantes do torneio também chamou a atenção de Gabriel: "Cada um deles tem um modo de bater na bola, de se colocar em quadra. Se você observar bem, mesmo os que parecem um pouquinho são bem diferentes e isso é muito legal de ver".
Thiago ficou impressionada com a dedicação dos profissionais: "Eu gostei da força de vontade deles" e ressaltou o exemplo de aplicação de Christian Garin e Jaume Munar, que disputaram 2h48 de partida definida em três sets.
Já as crianças do Instituto Patrícia Medrado, cerca de 40 compareceram ao Ibirapuera na sexta-feira e criaram um ambiente muito favorável ao jovem canadense Felix Auger Aliassime na partida de quartas de final onde foi derrotado pelo sérvio Laslo Djere.
FOTOS: Marcello Zambrana/DGW Comunicação