O tricampeão do Brasil Open, o uruguaio Pablo Cuevas, concedeu uma entrevista ao blog espanhol Punto de Break, na qual falou muito das dificuldades de ser um tenista sul-americana em um circuito muito baseado na Europa e ainda comentou das mudanças no calendário ATP.
Cuevas comentou que a gira europeia no saibro é a "parte mais importante" do ano. "Isso porque os torneios que se jogam (Monte Carlo, Barcelona, Madri, Roma e Roland Garros), tirando um que é ATP 500, são três Masters 1000 e um Grand Slam, em nenhuma gira há tantos pontos em jogo", pontuou.
Ao ser questionado se é mais difícil ser um tenista sul-americano, Cuevas declarou: "Nascemos com isso, estamos acostumados. O tenista europeu tem uma vantagem enorme, hoje ele eprde um jogo e por ir passar uns dias em casa. No meu caso, fico fora (de casa) de Monte Carlos até depois de Roland Garros. Pra um europeu seria custoso competir nestas condições, claro que eu gostaria que fosse diferente, que tivéssemos mais torneios próximos e a opção de voltar um pouco. Mas tudo bem, já faço isso há muitos anos".
O blog espanhol perguntou se os tenistas da região conversam sobre essas dificuldades no vestiário e bastidores do tênis e se viam alguma possibilidade de mudança e foi aí que o uruguaio deu a visão de um tenista que vive dentro do top 50 há pelo menos quatro temporada e vive de perto a administração da ATP: "Na América do Sul é muito difícil de se conseguir patrocínio como que se tem aqui an Europa ou Estados Unidos, nem cito a Ásia com o quão forte está hoje em dia. O calendário também está muito compacto, não há espaços, ainda que agora se fale em mudanças, mas não acredito que irão acrescer um torneio na América do Sul. As vezes é um pouco injusto isso, algumas federações têm os Grand Slams e muitos torneios, porque logo outras apenas algumas coisas. É como lutar empunhando uma colher contra um exército", pontuou.