Poucos dias após reclamar da organização do ATP de Estoril por não lhe conceder um convite sequer para o qualificatório, Gonçalo Oliveira, protagonizou uma briga com o número dois de Portugal, Gastão Elias, e sua equipe técnica.
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Os tenistas lusitanos se enfrentaram hoje na chave do Challenger de Tunis, na Tunísia, e Elias levou a melhor em um duplo 6/2, mas o destaque ficou para as reclamações do número dois português, que em entrevista ao site Raquect revelou que Gonçalo Nicau, que o acompanha como treinador, foi ofendido e chegou a ser agredido fisicamente após a disputa.
"Começou desde o primeiro game ao me dar indiretas e a gritar ‘vamos’ de propósito a olhar para mim para me desestabilizar. Quando levou a quebra no primeiro set começou a ofender a minha equipe técnica, mais concretamente o Gonçalo Nicau, que me está a ajudar estes meses por eu estar sem treinador", começou relatando ao site o ex-pupilo de Jaime Oncins. Imagens dos instantes finais da partida publicadas em vídeo pelo site português mostram com exatidão este momento.
Segundo Elias, Gonçalo Oliveira teve a oportunidade de bater dois smashes, um deles o fez para acertá-lo, coisa que Oliveira negou também em entrevista ao Raquect.
Gastão Elias não cumprimentou o compatriota ao fim da partida e disse a ele que não faria por ele "não se comportar como profissional". Ainda segundo o número dois de Portugal, Oliveira partiu para a agressão física: "Ao sair de quadra dirigiu-se ao meu treinador e por trás deu-lhe uma pancada violenta no saco e ele estava de costas e quase caiu. Depois disso ficou cara a cara e começou a insultar de todas as maneiras possíveis que obviamente não posso aqui descrever".
Nicau é um dos treinadores da Federação Portuguesa de Tênis, destacou em sua defesa Gonçalo Oliveira. O tenista contou que não sabia que Nicau estava como parte da equipe de Elias: "Conheço-o como treinador da Federação Portuguesa de Ténis (FPT) e não o conhecia como treinador do Gastão. Fiquei surpreendido pelo apoio que deu ao Gastão, razão pela qual penso que um treinador da FPT deveria manter-se neutro quando dois jogadores portugueses se enfrentam".
Gonçalo Oliveira não desmentiu ou confirmou a agressão física descrita por Elias e afirmou que não se recordava de bater um smash para acertar o rival.
Elias comentou ainda que a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) precisa punir o compatriota.