Por Ariane Ferreira - Quarto favorito na chave do Brasil Open, o francês Gael Monfils, falou com a imprensa na chegada ao torneio paulistano antes mesmo de treinar nas quadras paulistanas e falou sobre o projeto de ir bem no saibro europeu com ritmo ganho na América do Sul.
Sobre a decisão de jogar a gira sul-americana no saibro pela primeira vez na carreira, Gael Monfils explicou que a decisão foi tomara ainda em 2017, quando "tive alguns problemas com lesões [joelho] e cheguei em Roland Garros, onde estive perto das quartas, sem muito ritmo [caiu nas primeiras rodadas do ATP de Munique e Masters 1000 de Madrid], então verifiquei que eu preciso de mais jogos no saibro e me preparar antes da gira da América do Norte [Masters de Indian Wells e Miami], para me preparar para o saibro europeu. Foi uma decisão fácil", resumiu.
Questionado sobre o fato de ter que se adaptar a diferentes condições em cada um dos torneios sul-americano e agora chegar ao saibro coberto em altitude paulistano, Monfils revelou que ainda não treinou, vai sentir a bola pela primeira vez na tarde desta segunda-feira e destacou: "Já ouvi de outros jogadores que aqui a bola é mais rápida. Mas vamos nos adaptando, é parte do nosso trabalho".
Monfils destacou a "grande experiência" que teve ao receber o apoio da torcida no Rio de Janeiro e revelou que espera sentir o mesmo carinho do público paulistano.
Sobre enfrentar um canhoto na estreia, Monfils revelou que não há uma preparação diferente, mas destacou que é preciso focar em boas devoluções e relembrou o match-points salvo diante do argentino Horacio Zeballos no Rio de Janeiro: "Você precisa saber, ele é realmente um adversário muito duro" e também teve palavras para Thomaz Bellucci, que enfrenta Zeballos na definição de quem será seu rival na estreia. "Bom, Bellucci certamente terá a torcida o apoiando, como vimos semana passada. Qualquer um dos dois será difícil".
Gael Monfils foi instigado por um dos jornalista a saber que negros brasileiros não são o público dos torneios de tênis e surpreso com a informação, o francês compartilhou: "Sei o que significa, temos o mesmo disso em Paris, da região onde vim ninguém tem acesso a Roland Garros porque os ingressos são muito caros. Eu sei de onde vim e tento mostrar a eles [os outros negros] que eles podem fazer parte, seja torcendo, treinando, estando envolvidos. Até porque quando estão assistindo a um jogo de tênis estão envolvidos. Eu tento dizer a pessoas que algumas pessoas não estão na foto, mas eles significam muito".
Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação