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Retrospectiva - Julho - Octa de Federer e a glória de Melo e Kubot em Wimbledon

Domingo, 24 de dezembro 2017 às 08:00:00 AMT

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Tênis Profissional

Assim como junho, o mês de julho é marcado por um torneio de Grand Slam, o que sempre garante grandes emoções. Com a presença garantida de Roger Federer e Rafael Nadal, o torneio de Wimbledon marcou o mês e o ano do tênis, não apenas a nível mundial mas também no Brasil.



Recém retornada ao circuito após ficar praticamente um ano fora recuperando-se do corte na mão sofrido durante um assalto em sua casa, a tcheca Petra Kvitova celebrou a boa forma mostrada durante o torneio de Eastbourne.

Já na primeira rodada, o tênis brasileiro teve seu momento de glória com a vitória de Bia Maia sobre a tenista da casa Laura Robson, sua primeira na chave principal de um Slam e a primeira vitória feminina do Brasil em Wimbledon em 28 anos.

Aos 7 meses de gravidez, Serena Williams surpreendia o mundo do tênis ao publicar nas redes sociais um vídeo seu batendo bola em quadra.

Na primeira rodada do torneio de Wimbledon, Rafael Nadal voltou a fazer história, anotando sua vitória de número 850 na carreira. 

Ainda no meio do turbilhão em que foi envolvida após o acidente em Miami, Venus Williams desabou em lágrimas durante uma coletiva de imprensa em Wimbledon ao falar sobre o assunto, comovendo todos os presentes.

E os recordes do torneio não pararam em Nadal. Roger Federer marcou seu ace de número 10 mil na carreira em sua vitória sobre Alexandr Dolgopolov pela segunda rodada do torneio, tornando-se apenas o terceiro tenista em toda a história a superar essa marca.

Apesar dos recordes positivos, Wimbledon também bateu um recorde negativo em 2017: o de desistências. Foram 8 abandonos durante o torneio, ficando a apenas 4 do maior recorde abandonos: 12, no US Open.

Apenas duas semanas após o tribunal londrino decretar a falência do alemão, um ex-sócio de Boris Becker veio à mídia alegando a cobrança de antigas dívidas que somavam 36,5 milhões de euros — aproximadamente 135 milhões de reais.

Na chave feminina do torneio, Bia Maia fez frente à romena Simona Halep, número 2 do mundo, mas acabou eliminada, ainda que mostrando muita personalidade.

Engrossando o número de desistências e aumentando o tom da discussão sobre as condições da grama no torneio, a americana Bethanie Mattek sofreu uma grave torção no joelho que a afastou do circuito pelo resto da temporada. Após o susto, a tenista foi operada e rapidamente reapareceu nas redes sociais esbanjando seu usual bom humor.

Após a onda de punições promovida pela Yonex durante o Australian Open, a Head surpreendeu ao romper seu contrato com o australiano Bernard Tomic após uma entrevista do tenista em que ele alegou estar desmotivado com o esporte.

Em um dia triste para o tênis brasileiro, Bruno Soares e Jamie Murray foram eliminados após um longo jogo de 5 sets com mais de 3h de duração pela dupla Sam Groth e Robert Lindstedt ainda na segunda rodada.

O Brasil voltou a ter um grande momento nas oitavas de final da chave de duplas, quando Marcelo Melo e Lukasz Kubot saíram de 2 sets abaixo, lutaram por 3h21 e conquistaram a vitória sobre Florin Mergea e Aisam Qureshi, anotando a presença nas quartas de final do torneio.

Em dois lados diferentes de uma mesma moeda, Roger Federer e Rafael Nadal tiveram um 10 de julho muito díspar. Enquanto o suíço venceu Dimitrov e anotou sua 15ª quartas de final em Wimbledon, sendo a 50ª em Grand Slams, o espanhol foi eliminado pelo luxemburguês Gilles Muller com um placar de 15/13 no quinto set, em uma partida histórica no All England Club.

Após reclamar de dores no ombro em sua partida de oitavas de final, Djokovic acabou abandonando seu duelo contra o tcheco Tomas Berdych. Seria o início de uma fase preocupante da carreira do sérvio. Ainda no mesmo dia, Andy Murray mostrou-se completamente debilitado fisicamente em quadra e também foi eliminado do torneio por Sam Querrey.

Com todas as críticas tecidas pelos jogadores ao longo do torneio, o diretor executivo veio à público e rebateu todas as reclamações feitas pelos atletas, minimizando os problemas da edição 2017.

No sábado final do torneio, a estrela maior de Marcelo Melo brilhou forte na quadra central. Jogando ao lado de Lukasz Kubot e já tendo garantido o número 1 do mundo com a final, o brasileiro e o polonês lutaram por 4h39 contra Mate Pavic e Oliver Marach e conquistaram seu primeiro título no torneio, quebrando um jejum de 51 anos de conquistas na grama inglesa para o Brasil.

Pela chave feminina, Garbine Muguruza deu a volta por cima, cumpriu a previsão de Serena Williams, e conquistou o título em Wimbledon superando Venus Williams na final.

E no domingo, como o mundo esperava, o suíço Roger Federer escreveu seu nome no troféu do torneio pela oitava vez, conquistando seu 19º título de Grand Slam da carreira, ao vencer o croata Marin Cilic na grande final. Alcançando o terceiro lugar do ranking com a conquista, Federer foi o primeiro tenista em 41 anos a vencer o torneio sem perder sets.

Uma semana após Wimbledon, Maria Sharapova se manifestou sobre sua desistência do quali do torneio e sobre todas as críticas que continuava recebendo, mesmo após o fim de sua suspensão.

Agravando ainda mais o teor de sua situação, o sérvio Novak Djokovic anunciou sua desistência da Laver Cup, aumentando os rumores de uma pausa em sua carreira.

Meses após agredir uma técnica, uma tenista e uma árbitra em um duelo pela Fed Cup, Ilie Nastase recebeu sua condenação pela ITF, que o suspendeu de frequentar qualquer evento da ITF, excetuando-se os Grand Slams, até 2020.

 

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