Por Ariane Ferreira - Após um início de temporada bastante irregular em que chegaram até a pensar em desfazer a parceria, Marcelo Melo e Lukasz Kubot chegam ao final da temporada de grama com 14 vitórias e nenhuma derrota. Em bate papo exclusivo, o mineiro comentou sobre os acertos feitos na parceira.
A parceria acumula 5 títulos já na temporada 2017, sendo eles: Miami, Madri, s’Hertogenbosch, Halle e Wimbledon. Para o alcance de tamanho êxito alguns acertos foram necessários na parceria que quase se desfez ainda em fevereiro.
“Eu acho que a gente entrou muito mais focado. Essa era mais uma oportunidade que eu estava tendo de realizar um sonho. Eu até falei para o Lukasz na final ‘nós temos que usar a experiência que ganhamos com esses jogos de 5 sets’. Então entramos em quadra usando toda essa experiência. Primeira temporada de grama nossa e estamos 14 a 0, foi uma experiência muito boa”.
Melo ainda destacou a importância de incentivar seu parceiro em momentos chave durante a partida, evidenciando ainda mais a ligação que os dois desenvolveram ao longo do ano.
“O momento em que eu mais apoiei ele foi no 12/11. O Lukasz é sempre muito pilhado, então eu achei que era aquele o momento em que ele precisava dessa motivação. Sempre conversamos e ele sempre brincou ‘você já teve um resultado melhor que eu aqui, você me diz o que fazer’. Mas precisamos sempre renovar essas energias em momentos decisivos, pois ninguém consegue jogar com tanta intensidade durante 4 ou 5 horas”.
Por fim, o brasileiro apontou os grandes diferenciais de atuar ao lado do polonês Lukasz Kubot, e que vantagens o tenista traz à sua forma de atuar em quadra.
"Eu acho que o Lukasz me deu muito mais abertura. De jogar da minha maneira. Com o Ivan eu jogava um pouco preocupado com as minhas reações. A partir de um certo momento eu estava me cobrando demais. O Lukasz joga mais tranquilo. Neste aspecto, o Lukasz me respeita demais, então, ele sempre me escutou muito. Sempre escuta o que tenho para falar. Hoje, por exemplo, eu jogo da maneira como acho que tenho que jogar. O Lukasz é um cara extremamente positivo. Não que o Ivan seja negativo, mas ele tem um lado mais calado. Eles têm personalidades completamente diferentes. Veem o jogo de maneira diferente. Hoje eu tenho com o Lukasz o relacionamento que eu tinha nos dois, três primeiros anos com Ivan”.