Ex-top 3 e atual 21º colocado, David Ferrer amargou uma temporada com uma escassez de conquistas e maus resultados acumulados. Em uma entrevista ao jornal espanhol El País, o espanhol assumiu ter perdido a sua principal essência, a de competidor.
“Estive como dois ou três sem rumo, algo que nunca tinha ocorrido. Para outros nunca havia ocorrido, mas pra mim foi a primeira vez. Nunca tinha me visto incapaz de lutar por partidas. Sempre me moveu a ambição de ganhar e esta temporada foi a obrigação de seguir aí e o que me empurrou, pura inércia", admitiu o veterano de 33 anos.
"Você fica cada vez mais obrigado a ganhar conforme maior for a pressão e melhor o ranking que tem. É uma carga constante. Chega um momento que afeta por completo teu corpo e mente e necessita desconectar ou parar um tempo. Teve um momento que perdi a noção de competir, perdi minha essência".
Ferrer, campeão do Rio Open em 2015 e que jogará pelo quarto ano o evento carioca, declarou que chega motivado para 2017: "Me vejo com vontade e gana de seguir jogando, isto é o mais importante. Sigo motivado para conseguir mais títulos e sentir grandes emoções na quadra, a Copa Davis, por exemplo; Se não fosse assim ficaria em casa, ninguém me obrigaria a viajar e nem jogar. Quero aproveitar o máximo possível, não pensei em deixar (o tênis).
Apostou em Nadal - Ferrer também falou sobre o compatriota Rafael Nadal que passou em branco nos dois últimos anos em Grand Slams: "Rafa ainda tem opções de ganhar Grand Slams, por que vai se retirar ? Por que não pode voltar ao número 1 ? Está no top 10 e ainda desfruta".