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Operação Futures prende 7 tenistas na Espanha

Quinta, 01 de dezembro 2016 às 11:26:55 AMT

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Depois de uma série de investigações que durou mais de um ano e meio, a Equipe de Fraude de Econômica e Bloqueio de Capitais da Guarda Civil, a Operação Futures chegou ao seu cume com a prisão de 34 envolvidos em apostas nos torneios da série Future.



A operação teve início em fevereiro de 2015 e foi realizada em 12 províncias da Espanha, partindo da denúncia de um tenista que teria sido subornado em 2013. A investigação começou em Madrid, passando logo a Sevilla. “Vimos movimentações anormais e um elevado volume de apostas”, comenta a assessoria oficial de imprensa da Operação.

Existe um grupo criado no Twitter encarregado de organizar as apostas, entrando em contato com os tenistas e oferecendo-lhes certa quantia em dinheiro. Na teoria, chegavam a um acordo e o grupo enviava pessoal responsável para os torneios para garantir que o acordo fosse honrado. De acordo com as fontes policiais foi destacado que os contatos seriam pessoas próximas dos tenistas intermediários, que seria um grupo de tenistas mais jovens, pouco conhecidos; outro grupo seria de jogadores veteranos dedicados a explorar as apostas; e um terceiro grupo que dava cobertura e fazia as contas.

O modo de operação era o seguinte: antes do partido os chefes falavam com o intermediário e este contatava o tenista. Lhe ofereciam uns uns 1000 euros, caso ele aceitasse, pagava-se até mais. Posteriormente era criado um grupo privado no Telegram em que estavam os envolvidos, onde os mafiosos cobravam 200 euros pela inscrição dos envolvidos no esquema de apostas, valor pago através do PayPal. O valor médio obtido nas apostas podia chegar a 5 mil euros, ainda que em alguns casos os benefícios tenham chegado à casa dos 10 mil euros. As apostas eram díspares, dependendo do formato da partida e do método de aposta, o benefício final pode chegar a mais 500 mil euros.

Entre os presos estão sete tenistas, todos espanhóis, com ranking entre 800 e 1400 na ATP. A maioria dos envolvidos são homens entre os 17 e 30 anos. A Guarda Civil reportou um total de 17 eventos onde estas práticas foram aplicadas. As apostas eram em sua maioria realizadas pelo site Bet365. Para acusação dos delitos de corrupção no esporte são previstas penas de 6 meses a 4 anos. No momento, os detidos estão em liberdade aguardando a finalização dos inquéritos.

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