Em entrevista ao canal esportivo argentino TyC Sports, Gustavo Kurten, o Guga, analisou a performance de Juan Martín del Potro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, acabando por compará-la, inclusive, com sua histórica campanha de 1997 em Roland Garros.
“O que ‘Delpo’ fez foi impressionante. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, inclusive ele, eu acho. Talvez seja comparável àquilo que aconteceu comigo em Roland Garros 1997 (primeiro título de Guga em Paris, aos 20 anos, ranqueado como 66º da ATP), uma arrancada muito inesperada”.
A próxima comparação de Guga foi em relação ao longo período de inatividade que contusões causaram na carreira dos dois atletas sul-americanos.
“Eu também passei por essas coisas: lesões, grande dificuldade, deficiência. E, ao fim, não pude superá-las para voltar a jogar nos níveis mais altos”.
“Numa ocasião, acho que foi em 2004 – Guga brinca que ‘está muito velho’, arrancando risos do repórter argentino -, cheguei às quartas de final (em Roland Garros) e perdi para David (Nalbandian, após bater o quase invencível, à época, Roger Federer), numa partida justa, mas era muito difícil, cada vez as coisas se complicavam mais. No fim, as lesões me venceram”, lamentou.
Guga, um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, ainda rasgou elogios ao argentino Del Potro, afirmando que é perceptível a falta que as pessoas sentem dele, e terminou desejando que Del Potro “continue lutando” e, é claro, tenha muito sucesso.
“Se sente muito a falta de Juan Martín (del Potro) no circuito. Isso ficou muito claro. E os jogadores lhe respeitam, porque ele é um grande campeão e tem um tênis fantástico. Tomara que ele possa seguir evoluindo, crescendo, e que essa semana siga como uma inspiração e grande motivação para continuar lutando. Seus últimos três anos (assolados pelas lesões no punho esquerdo) foram muito duros, com muito esforços, e (o que está acontecendo agora) é uma recompensa que ele certamente merece”.