Sempre apontado como maior favorito ao título dos Slams após os quatro tenistas do ‘big four’, Stan Wawrinka, 4º no ranking mundial, gosta mesmo de correr por fora. Tendo provado que tem totais condições de bater os rivais, ele sempre rechaça favoritismos às vésperas de Slams.
O US Open, que começa em menos de duas semanas, é uma grande oportunidade para o bicampeão de Slams (Australian Open 2014 e Roland Garros 2015). Murray é o único dos quatro que atravessa uma crescente - Federer está fora, Djokovic encontra-se em sua fase mais vulnerável em muitos anos e Nadal, apesar de ter sido semifinalista no Rio, ainda é uma incógnita na volta da contusão.
Naturalmente, todos veem as chances de Wawrinka aumentarem ainda mais. “Sei que posso jogar bem em Grand Slams. Tento seguir com essa dinâmica. Sei que cada vez jogo melhor e melhor, (mas) isso não quer dizer que (eu) tenha melhores resultados”, afirmou Stan, que em breve será o número um suíço, já que Roger Federer não joga até o final do ano e, perdendo muitos pontos, sairá do top 10.
“Todo mundo melhora. Desde que eu esteja feliz e aproveite o que faço, seguirei me mantendo ali (no grupo dos grandes jogadores)”, sentenciou.
Stan exaltou sua vontade de trabalhar, elogiando bastante, também, a equipe que o ajuda diariamente.
“Para mim, o que realmente importa é o trabalho duro. Sou o tipo de pessoa que sempre está pronta para passar horas e horas na quadra, treinando. Essa é uma de minhas melhores qualidades como tenista”.
“Trabalho para ser um tenista melhor e tenho uma equipe fantástica ao meu redor. Quando contratei Magnus Norman (ex-jogador e seu técnico), (ele) me ajudou em pequenos detalhes que significaram muito (no jogo)”.
No entanto, o suíço sublinhou que a melhora no desempenho é gradual. É o famoso ‘tudo tem seu tempo’.
“Mas não é por que se treina muito bem nos treinamentos que você irá melhorar nos jogos de forma imediata. É preciso tempo”.
“Só tento fazer bem o meu trabalho. É sempre fantástico enfrentar o número um ou dois do mundo, um desafio muito duro, já não sou mais um garoto”, afirmou o atleta de 31 anos, finalizando com um ‘palpite’ sobre quem pode quebrar a hegemonia do ‘big four’ nos Slams – no US Open, serão apenas três, por causa da já citada ausência de Roger Federer.
“Há alguns jogadores (que podem derrotar Djokovic, Murray e Nadal), como Milos Raonic, que chegou à final em Wimbledon. De qualquer forma, é realmente duro dar o passo para abrir esse caminho (derrotar os melhores)”.