Por Leonardo Mamede, em Belo Horizonte (MG) - Depois da dura derrota para Emilio Gomez, 317º da ATP, no primeiro jogo do confronto contra o Equador, Rogério Dutra Silva, 90º, concedeu entrevista coletiva e relatou ter tido dificuldades com as condições de jogo.
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O paulista repetiu insistentemente que a altitude de 850 metros da cidade de Belo Horizonte e o fato de a Arena Minas Tênis Clube ser coberta o puseram numa situação em que não está acostumado, o que o fez ficar “desordenado” e o jogo “acabar escapando”. Gomez, por outro lado, jogou tênis universitário americano, e as condições da quadra de cimento na capital mineira o agradam extremamente.
“Ele (Gomez) fez uma boa partida. Eu tive um set e 4/2 acima, com uma quebra. Depois, (tive) break points e não consegui quebrar. No terceiro set, break points novamente, mas o jogo acabou escapando. As condições estão muito rápidas, e isso o favoreceu um pouco, também, porque são as condições em que ele mais gosta de jogar”.
“Mas deixei tudo em quadra, dei 110% de mim, corri até não dar mais. Infelizmente, não deu (para vencer). Agora, é torcer para o Thomaz e levar esse segundo jogo (do confronto)”, disse o top 100, exaltando o que classificou como ponto positivo na partida: sua entrega.
Sobre o segundo set, ponto determinante para a derrota, Dutra Silva deu várias explicações. “Foi um ponto muito chave, que poderia ter ido para o outro lado (o lado de Rogério). Infelizmente, acabou escapando. Depois, me desordenei taticamente, não são as condições em que estou mais habituado a jogar. Ele aproveitou e ficou muito firme. Tentei voltar (pro jogo), mas não consegui. Faltou um pouquinho de tudo: sorte, jogar melhor e ele me dar um pouco de chance, mas, no final, nada disso veio para o meu lado”.
Na sequência, o que se viu foi um Rogerinho realmente “desordenado” taticamente, abandonando os ataques à esquerda de Gomez, notadamente seu ponto fraco, e rifando bolas. Sobre o terceiro set, o 89º colocado declarou.
“O primeiro game escapou. No segundo game, tive break point para voltar, acabei não quebrando, e me desordenei um pouco. Aqui, as coisas são muito rápidas. É um jogo que, um pouco que sua cabeça vai embora, uma bola que ele joga que normalmente não machuca tanto, aqui machuca mais. Então, acabou escapando. Foi isso que ocorreu no terceiro set”.
No fim da coletiva, o brasileiro negou que a quadra esteja ruim, mas elucidou os problemas, apontando-os. “O problema não é a quadra. A quadra é muito boa. Mas aqui é coberto (indoor) e tem um pouco de altitude (850 metros). Por isso, o jogo acaba ficando mais rápido. Eles tentaram deixar a quadra o mais lenta possível, mas com a quadra indoor e a altitude, o jogo ficou rápido”, expressou, declarando o que irá fazer caso tenha que entrar em quadra, no domingo, contra Roberto Quiroz, para decidir o confronto, caso este esteja empatado em 2x2. Ele prometeu que não faltará luta, apesar de "não saber se o resultavo virá".
“Vou estar mais acostumado com as condições, apesar de estar treinando a semana inteira aqui. Tem o Thomaz, a dupla, mas, se eu precisar jogar, vou defender as cores do Brasil como sempre fiz. Meu mínimo será dar 110% dentro de quadra. Se o resultado positivo vier ou não, eu não sei, mas o 110% eu darei”.