O suíço Stan Wawrinka, 4º do ranking, que hoje bateu o espanhol Albert Ramos-Vinolas, por 3x0, concedeu entrevista coletiva e, é claro, comentou sobre o aguardado confronto de semifinais da próxima sexta, em que enfrentará Andy Murray. Ele ainda explicou como funciona, para ele, a pressão dentro desta edição do evento.
“Nos enfrentamos várias vezes durante os anos. Jogamos no Masters [ATP Finals, em Londres], no ano passado [Wawrinka venceu, por 2x0]. No saibro, tem um tempo [que não se enfrentam], eu acho [a última vez foi em Monte Carlo 2013, quando Wawrinka marcou fáceis 6/1 e 6/2]. Ele melhorou muito [no saibro] desde que começou a jogar muito bem [na superfície], principalmente neste ano. [Em 2016] Ele venceu em Roma, fez final em Madri e semi em Monte Carlo. Será um jogo interessante”, afirmou sobre o escocês, vice-líder do ranking.
Respondendo se há muita pressão sobre ele por ser o atual campeão, Stan preferiu ver a situação por outro lado.
“Ela [a pressão] existe, mas, honestamente, da mesma forma como cada vez que eu venho para Roland Garros, porque quero me sair bem. Eu diria que, depois de ter ganho aqui, tirei muito a pressão [dos ombros], porque já está feito [ele já conquistou o título]. Eu nunca esperava ganhar [em Roland Garros]. É claro, quanto mais eu avançar em um Grand Slam, menos pressão existe. Se chegar numa final, a pressão certamente será alta. Mas, nas rodadas anteriores, não”, declarou, corroborando o que havia dito antes do torneio: no início, ele pode jogar mal e sentir pressão, mas, conforme avança e mostra um melhor desempenho, solta-se em quadra e torna-se um adversário muito duro de ser batido.
“Quanto menos pressão sinto, mais estou no torneio [com chances de ganhar]. Estou mais confiante”.
Por fim, perguntado como explicar a diferença entre seu nível nas rodadas iniciais e em quartas ou semifinais, ele foi sucinto, mas deixou escapar que o ATP 250 de Genebra, sua casa, vencido por ele na semana anterior ao Slam, talvez tenha o atrapalhado um pouco.
“Aqui, na primeira rodada [o suíço bateu Lukas Rosol, em cinco sets], foram condições particulares para mim. Eu estava vindo de Genebra, precisava adaptar-me rapidamente. Num dia como hoje, mentalmente, [eu] juntei tudo de que precisava para não deixar a partida escapar. Isso faz uma enorme diferença”.