Por Fabrizio Gallas - Após ser derrotado pelo japonês Taro Daniel, no quali do Rio Open, o gaúcho Orlando Luz falou sobre a derrota, comentou o sucesso precoce de jovens de sua idade e pontou a diferença física como ponto crucial.
Em sua primeira partida na chave de um ATP e jogando através de um convite, Orlandinho revelou aos jornalistas que a ansiedade o atrapalhou. "Essa ansiedade me deixou ofegante, não conseguia pensar direito. Mas não por ser só um ATP, mas também porque todo torneio e jogo é sempre muito disputado. Agora é seguir pra frente".
O tenista deve ficar mais uns dias no Rio de Janeiro onde se preparará para a disputa do Brasil Open, onde também disputará o qualifying.
Mesmo derrotado, Luz sai da competição carioca com muitas coisas positivas e o aprendizado de que para enfrentar e ser um top 100 a "consistência" é primordial. "Isso fica cada vez mais claro pra mim, sem consistência não tem como jogar no nível deles", afirmou.
Perguntado se pretende ainda programar de jogar algum torneio juvenil além do Masters, torneio que reunirá os melhores do juvenil no ano na China, Orlandinho disse que a decisão está nas mãos de seu treinador. "Programado tem o Masters e se eu precisar jogar um Grand Slam eu devo estar em Roland Garros e US Open, que são tradicionais. Se eu tiver a oportunidade, talvez eu vá".
Com o sucesso de Taylor Fritz, que também tem 18 anos, e nesta temporada conquistou o título do Challenger de Happy Valley, na Austrália, e está na semifinal do ATP de Memphis, nos Estados Unidos, Orlando Luz apontou as diferenças de níveis entre jogadores criados no hemisfério norte e sul-americanos, destacando que cada pessoa tem seu tempo:
"Acho que cada jogador tem seu tempo. Acho que tem uma bela diferença dos jogadores sul-americanos para os europeus e americanos. O modo que eles jogam. Às vezes, eles têm uma bola que é o diferencial. Uns é saque, outros é uma direita sensacional. Os jogadores da América do Sul recorrem mais ao corpo. (Eles) têm que correr, meter bola, preparar o ponto. Fica mais difícil de atingir o auge tão cedo até por causa das condições físicas", analisou.
"Eles (jogadores europeus e norte-americanos), às vezes, são como o Taylos que tem 1,90m e pouco. Saca muito, aí não depende muito do físico e isso acaba sendo um salto mais rápido para eles", prosseguiu em sua análise.
"A gente tem que trabalhar. Cada um tem sua idade e a hora que eu estiver preparado vou aparecer", destacou.