O canadense Milos Raonic, 14º da ATP, que está de volta a sua melhor forma, declarou que já prestava atenção em Murray, 2º colocado, seu próximo adversário antes mesmo de vencer pelas quartas. Ele comentou do jogo contra Monfils e de Carlos Moya.
“Me senti muito bem no jogo, fiz tudo que tinha de fazer. Até no segundo set, quando fui quebrado, criei oportunidades. Fiquei feliz de aproveitar algumas destas oportunidades durante o jogo e comandar”.
“Cuidei daquilo que tinha de cuidar, ditei o jogo, bati bem na bola, estive eficiente da linha de base, fui à rede quanto tive oportunidade e consegui finalizar os pontos dali”, disse Raonic, prosseguindo. “Talvez um pouco passivo no segundo set, mas, no terceiro, consegui contornar isso, também. Tenho que estar feliz com a maneira como joguei e me recuperei do jogo de cinco sets que tive há dois dias [contra Wawrinka]”.
Depois de um 2015 tão difícil, cheio de contusões, ele comentou como se sente de volta a uma semifinal de Grand Slam [chegou nesta fase no Wimbledon 2014, quando perdeu para Federer por 3x0]. “É muito positivo, se olharmos de uma forma geral; é uma grande oportunidade. Tive uma experiência decepcionante há dois anos, então, agora, quero escrever uma história diferente, sendo mais experiente e sentindo-me um melhor jogador”.
O canadense ainda comentou sobre seus dois técnicos, Carlos Moya e Riccardo Piatti. Ele disse que Moya é a pessoa que organiza mais “seu modo de jogar”, enquanto Piatti, que já treinou vários jogadores no circuito, é quem fará “as pilhas de trabalho duro, o cara que gosta de estar, no meio do nada, nas semanas chatas, quando você tem que treinar seis horas por dia”. Acho que Moya irá “pegar a tarefa de me fazer mais eficiente com meu jogo, quando eu tenho as ferramentas; como devo usá-las, como ir a certas partidas, contra certos jogadores. Ele joga contra tantos caras, especialmente aqueles que você irá enfrentar nas partes finais dos torneios. Irá me dar a paz de espírito, a eficiência e talvez o processo de trabalho entre os torneios. É isso que espero absorver dele, eu acho”, opinou o 14º da ATP, dizendo ainda que sua movimentação e seus melhoraram “significantemente” e que agora ele não se sente sendo jogado de um lado pro outro, já que controla melhor seus movimentos e sabe usar melhor seus golpes da linha de base. No entanto, disse que o que realmente irá vencer jogos para ele é “tomar a dianteira nos pontos e ser mais agressivo, tirando as opções dos adversários”.
Sobre o 2º melhor tenista do mundo, Andy Murray, seu próximo adversário, ele analisou. “Minhas referências são os jogos no Finals de 2014, em Londres, e no US Open 2012 [ambos vencidos por Murray, em sets diretos]. Antes mesmo de eu entrar na quadra esta noite, já estava prestando atenção no que ele estava fazendo. De quatorze meses pra cá [tempo desde o último confronto, no Finals 2014], somos ambos diferentes jogadores e, na minha opinião, competidores melhores. Então, há aspectos no meu jogo que quero mexer e usar, e tenho certeza que ele tentará várias coisas diferentes, também. O jogo será sobre quem conseguirá entrar na sua zona de conforto primeiro”, finalizou Raonic.