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Histórica, Konta "só quer deixar tudo na quadra". "Cansada", Zhang mira Rio 2016

Quarta, 27 de janeiro 2016 às 13:45:07 AMT

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Tênis Profissional

Primeira britânica a alcançar a semifinal de um Grand Slam em trinta e três anos, Johanna Konta quer pensar, apenas, em cada ponto e em cada jogo que surgem, um por vez. Nascida na Austrália, a jovem de 24 anos bateu Zhang Shuai, da China, por 6/4 e 6/1.



“Estou muito feliz com a forma como puder ficar focada e continuar na partida. Não sinto que errei em muitas coisas; consegui quebrar no fim do primeiro set e manter o bom momento no segundo, isso me deixa feliz. Ela [Zhang] definitivamente elevou seu nível de jogo e me obrigou a jogar bem para vencer. Foi ótimo fazer parte dessa batalha”.

A britânica, apenas a 47ª da WTA, falou sobre estar pensando ‘ponto por ponto’ ou se às vezes pensava ‘que aquilo era uma quartas de final de um Grand Slam’. “Isso não passou pela minha mente, na verdade. Só encarei como mais um jogo de tênis, contra uma oponente muito boa. Só estava preocupada em fazer o meu melhor e eliminar qualquer tipo de perigo, o que penso ter feito muito bem, durante a partida”.

Depois ter dito, após bater Venus Williams, na primeira rodada, que só esperava jogar e ser capaz de competir, ela foi questionada sobre como está a autoconfiança agora, que está numa semifinal de Grand Slam – a primeira britânica a fazer isso em trinta e três anos -. “Ainda encaro cada partida da mesma forma. Só quero ter certeza – e isso é algo que me deixa muito ansiosa – de que estou deixando tudo que tenho dentro da quadra, fazer o que tiver que ser feito [para vencer]. Estou feliz que pude jogar hoje e vencer.

Por fim, comentando se o fim do jejum britânico com sua ida à semifinal a fazia se sentir pressionada, ela disse que qualquer pressão ‘só depende dela’. “Não [sinto a pressão]. O Reino Unido está a milhares de quilômetros daqui e fica num fuso horário completamente diferente, o que no caso é muito bom para mim. Qualquer pressão ou burburinho que venha de fora só afeta a mim o quanto eu deixar”, completou a britânica, que curiosamente nasceu em Sydney, no país onde disputa o Grand Slam, e tem tripla cidadania – além de britânica e australiana, ela também tem passaporte húngaro.

Sua adversária, a chinesa Zhang Shuai, que antes do torneio era apenas a 133ª da WTA e nunca havia passado da primeira rodada de um Grand Slam, em quatorze tentativas, disse estar “muito cansada” depois de sete jogos – ela teve que ganhar três no qualifying para chegar à chave principal e mais quatro na chave para alcançar as quartas de final – e que “tudo parecia um pouco mais lento dentro de quadra”.

No entanto, a sensação deste Australian Open, na chave feminina, disse “sentir-se a campeã”, já que ganhou sete jogos – quantidade necessária para tenistas que entram direto na chave principal serem campeões.

Quando falou da diferença que estas duas semanas fizeram em sua vida, Zhang comentou o objetivo de ‘todas as atletas chinesas’, segundo ela, que é chegar à Olimpíada do Rio, e disse que não acreditava nisso, porque teria que vencer muitos jogos grandes em torneios WTA, mas que agora tudo mudou. “Me dão mais confiança [as duas semanas aqui]. Três torneios atrás, meu ranking era 200ª. Senti que foi muito duro, porque todas as jogadoras chinesas têm como objetivo classificarem-se para as Olimpíadas; esse é a grande meta. E eu achava isso tão duro de fazer em meio ano; teria que ganhar muitos jogos, contra grandes jogadoras, em grandes torneios e pular de 200ª para 60ª. Por isso, achava que não conseguiria. Foi duro para mim, duro para todas, mas fiz um ótimo trabalho no torneio”, finalizou a chinesa.

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