Após a vitória sobre o australiano Sam Groth, na Rod Laver Arena, Andy Murray falou com a imprensa e comentou seu alto nível de tênis mostrado até agora no Grand Slam. Ele ainda projetou o duelo com o português João Sousa.
“Consegui boas devoluções hoje. Quero dizer, ele não começou sacando tão bem, e isso ajudou. Talvez o fato de eu estar devolvendo bem, tenha posto mais pressão nele. Mas, sim, devolvi bem e fiz bons lobs, também. Era o que eu precisava para sair com a vitória”, disse o escocês.
Perguntado se, após jogar tantos Grand Slams, desenvolveu um ‘senso’ que o permite saber se o jogo será bom ou se todas as partidas são tão diferentes que as comparações entre as primeiras partidas e o resto do torneio não têm sentido, Murray respondeu. “Não. Quer dizer, eu já tive dias, não apenas em Slams, quando me sentia ótimo, treinava muito bem, e jogava terrivelmente. Outras vezes, sinto-me nervoso, cheio de dúvidas, antes da partida, entro na quadra e vou muito bem”, revelou o britânico.
“É difícil, enquanto jogador, saber quando você irá para a quadra e jogar bem ou mal. Você só tem que tentar confiar em toda a preparação que foi feita. Ao entrar na quadra, tenta-se fazer os ajustes necessários para sentir-se confortável”.
Sobre João Sousa, de Portugal, próximo adversário de Murray, ele apontou as qualidades. “Deve ser a terceira vez que jogarei com ele aqui. Também nos enfrentamos em Roland Garros, no ano passado. Ele é exatamente o oposto de Groth, joga quase 100% no fundo da quadra, onde é muito sólido. Obviamente não serve tão bem, mas executa ótimas devoluções. É um ótimo atleta, se move muito bem na quadra”.
“E ele vence. [Ele] Sabe como vencer jogos, entende bem o jogo e consegue tirar o máximo de si”, continuou o número dois do mundo.
“Mas, se eu jogar bem, obviamente tenho uma boa chance. No entanto, ele é o tipo de jogador que, se o seu nível de jogo não estiver lá no alto, irá complicar muito as coisas. Aconteceu em Roland Garros. Entrou numa encrenca com ele lá”, concluiu Murray, lembrando sua vitória por 6/2, 4 /6, 6 /4 e 6 /1 no Grand Slam francês.