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Mesmo após carta de fã, Del Potro não garante volta para o Aberto da Austrália

Terça, 22 de dezembro 2015 às 11:35:05 AMT

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Tênis Profissional

O argentino que já alcançou a 4º posição do ranking da ATP, Juan Martin Del Potro, tem vivido momentos difíceis nos últimos anos. Com a terceira cirurgia no pulso esquerdo realizada neste ano, o tenista tenta se recuperar para voltar ao circuito em 2016.

 

Após já ter falado que poderia voltar para o primeiro Grand Slam do ano, o Australian Open, que se inicia do dia 18 de janeiro, a organização do torneio irá deixar reservado, um convite para o atleta, case se confirme sua participação.

Porém, o discurso sobre seu retorno tem mudado um pouco nos últimos dias, agora, o argentino mesmo dizendo estar “entusiasmado para voltar rapidamente”, tem reservas feitas por seu técnico, Daniel Orsanic, que é capitão da Argentina na Copa Davis e ex-treinador do brasileiro Thomas Bellucci.

“Juan Martin tem treinado muito, mas com paciência. Ele quer se recuperar bem, está com uma vontade tremenda, mas ainda é arriscado falar em datas, temos de dar passos seguros”, afirmou Orsanic.

A torcida de seu país também quer uma volta rápida do atleta que conquistou o US Open em 2009, e um fã em especial mandou uma carta para o site Match Tennis, pedindo emocionadamente a volta de Del Potro. A carta foi traduzida:

 

Por favor, que jogue o Aberto da Austrália. Por favor, que seja o seu regresso definitivo. Por favor, que não volte a ir embora. Por favor, que nos apaixone outra vez com o seu tênis. Por favor, que os seus pulsos o deixem em paz de uma vez por todas e que os seus rivais voltem a sofrer com o seu serviço, a sua direita e luta incansável.

Roger Federer chegou a dizer que se Juan Martín não tivesse se lesionado, os membros do big-4 teriam bem menos Grand Slam do que tem agora, que era um jogador diferente, muito bom.

Quando tinha tudo, chegaram as lesões. Mas não uma lesão qualquer, uma que leva vários anos a impedi-lo de jogar tênis, com as várias operações. O seu compromisso é irrepreensível. Esteve perto de desistir, não queria sofrer mais. Voltava a jogar, voltava a doer. Sem parar, horas e horas de treinos, reabilitações, com muita paciência e sacrifício pessoal, vê a luz no fim do túnel. A mim, dá medo, porque joga com os sentimentos e as ilusões de todos os que o querem ver jogar de novo, mas não lhe resta outra coisa que não experimentar.

Peço que volte a disputar o reinado com o big-4, porque se nada disto se tivesse passado ele teria feito. Mas, por favor, que volte a jogar, que não lhe doa, que desfrute e, se for possível, que ganhe.

São muitos favores, mas na realidade é somente um: que não lhe doa o pulso. Ele fará o resto”.

 

 

 

 

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