O Brasil conquistou uma grande vitória nesta quinta-feira diante da Espanha no saibro da Caja Mágica, em Madri, pela terceira rodada do Grupo C para disputar o nono lugar da competição. Superado pela Rússia, o time feminino do Brasil também joga pela nona colocação na Fed Cup Junior.
Sem chances de alcançar o primeiro e segundo lugares do Grupo C, que ficaram com Japão e Estados Unidos, respectivamente, o Brasil entrou na disputa com a Espanha buscando a terceira colocação e venceu por 2 a 1.
Gabriel Bugiga jogou a primeira partida de simples e foi superado por Andrés Fernandez Canovas por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 6/2. O confronto foi igualado por Gabriel Decamps, que derrotou o número 1 da Espanha, Nikolas Sanchez-Izquierdo Vivar com parciais de 6/2 6/4.
Nas duplas, Gabriel Decamps e Enzo Kohn venceram os espanhóis Alejandro Davidovich Fukina e Andres Fernandez Canovas com parciais de 7/5 4/6 6/2.
“O Bugiga pegou um espanhol bem duro como jogador 2, teve as chances dele no primeiro set e no segundo o cara foi mais contundente e sólido. O Decamps foi meio parecido com ontem, conseguiu se impor desde o começo, jogou o tempo inteiro na frente, começou quebrando, teve muito volume de jogo, errou pouco e conquistou uma vitoria teoricamente tranquila”, afirmou o capitão William Kyriakos.
“Desde o sul-americano que a gente tem jogado confrontos valendo pela dupla e foi um primeiro set muito tenso, perdemos o saque no 3/3, os espanhois sacaram em 5/4, três sets points, conseguimos quebrar de volta, sacamos bem e conseguims fechar bem intenso. No segundo deu aquele vacilo, saímos perdendo saque e não conseguimos voltar, vacilo que não pode acontecer. No terceiro, quebramos o saque da espanha na virada do 3/2, quebramos de novo no 5/2 e fechamos”, completou Kyriakos.
Nesta sexta-feira, o time masculino do Brasil joga em busca do nono lugar e enfrenta a Colômbia, adversário que derrotou os brasileiros no Campeonato Sul-Americano logo na primeira partida e impediu que a equipe pudesse chegar à final.
“É uma revanche para gente, está meio engasgado. Lá chegamos em cima eu e o Decamps porque ele havia ganhado o Rendez-Vous à Roland-Garros, fizeram um clima muito hostil, parecia Copa Davis adulta”, afirma Kyriakos.
“O importante aqui é a formação. Quanto mais jogos duros, melhor. Sem dúvida, a realidade do tênis está aqui na Europa e estamos jogando duro com os melhores países do mundo. Todos têm um potencial incrível, estamos com uma geração boa desde os Zormann, Menezes até os 14 e 15 anos. É preciso conviver com isso, ter essa troca de experiência e não se acanhar no inicio da competição”, completa o capitão da Copa Davis Junior.
A equipe feminina do Brasil acabou derrotada por 3 a 0pela Rússia na terceira rodada do Grupo C da Fed Cup Junior. Nathália Gasparin perdeu para Evgeniya Levashova com duplo 6/1 no primeiro jogo de simples. Na sequência, Thaísa Pedretti teve ótimo início contra Olesya Pervushina, que conseguiu reagir e vencer por 2/6 6/4 6/2. Nas duplas, Marcelle Cirino e Nathalia Gasparin perderam para Evgeniya Levashova e Elena Rybakina por 6/3 6/0.
“A Thaísa jogou um alto nível de tênis e a russa no segundo set se recuperou muito bem, jogou muito sólida. A Thaísa colocou uma intensidade perdendo por 5/2 e foi a 5/4, mas a russa conseguiu fechar. Do segundo para o terceiro set teve uma pausa, a Thaísa deu uma esfriada, baixou a internsidade perdeu dois games logo no início que fizeram falta”, afirmou o capitão Roland Santos.
Roland analisa que alguns detalhes separaram o Brasil da classificação para as semifinais, que poderia ter ocorrido se a equipe derrotasse a Rússia nesta quinta-feira. “Poderíamos estar brigando pelo primeiro lugar, para poder estar entre as quatro melhores. Faltou um pouco de experiência internacional para a Nathalia e a Marcelle, mas poderiamos ter tido um resultado melhor sim”.
Nesta sexta-feira, a equipe feminina do Brasil joga na disputa pelo nono lugar contra a Nova Zelândia, terceira colocada no grupo D.
“O bacana é a experiência que elas estão pegando. Isso aqui para elas vai ser ótimo pra quebrar barreiras, estão tendo oportunidade de jogar com todas, são as que elas vão encarar no circuito ITF, estão antecipando um processo maravilhoso e queimando uma etapa para o desenvolvimento das nossas atletas”, finaliza Roland.