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Alcaraz traz detalhes sobre lesão e passará por exame

Domingo, 20 de abril 2025 às 15:14:48 AMT

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Em entrevista coletiva concedida neste domingo, Carlos Alcaraz, número dois do mundo, comentou sua sua lesão na perna sofrida durante a final do ATP 500 de Barcelona, na Espanha, onde perdeu para Holger Rune, 13º, por 7/6 (8/6) 6/2.



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"Perder nunca é fácil, especialmente em uma final e no Godó. Apesar do resultado da partida, tenho que dar os créditos e parabenizar o Holger. Ele jogou uma partida excepcional, muito organizada, sabendo o que tinha que fazer em todos os momentos. Perdoei certas situações que acabaram me prejudicando, mas, no geral, foi uma final do Godó: estou orgulhoso de ter dado tudo de mim, mesmo que tenha sido uma situação um pouco amarga", disse o espanhol que falou sobre os problemas físicos sentidos no segundo set.

"O segundo set começou muito difícil, com trocas de bola longas e intensas. Houve algumas trocas de bola que me deixaram um pouco dolorido no músculo abdutor, no psoas direito: quando você sente um pequeno desconforto, o alarme dispara um pouco e é difícil manter o foco no jogo. Você se preocupa com o seu físico, com a sua saúde, e foi difícil para mim continuar e manter esse nível. Pelo que estou percebendo e sentindo agora, acho que serão dois dias de descanso, e mesmo que eu não tivesse me machucado, eu os teria feito de qualquer maneira. Vamos conversar com a minha equipe médica, vamos fazer exames, mas acredito e confio que isso não vai me prejudicar em Madri", apontou o jogador que passará por exames de ressonância magnética nesta segunda-feira. Sua estreia em Madri acontecerá apenas na sexta ou no sábado que vem.

Alcaraz vinha de uma série de dez jogos em 12 dias onde foi campeão em Monte Carlo no domingo anterior: "Como eu disse, ter jogado tantas partidas exigentes com tão poucos dias de descanso é o que é preciso. Eu não achava que sentiria qualquer desconforto físico; você não pensa nisso quando entra em uma partida, mas eu sabia que seria uma partida difícil e exigente, e eu tinha fé que conseguiria me segurar e jogar um bom tênis, o que eu ainda acho que consegui. Isso é super exigente; você tem que dar 100% todos os dias, e depois de jogar em Monte Carlo e chegar em Barcelona com apenas alguns dias de sobra, isso é sempre complicado. Estou aqui para me jogar aos pés do Rafa pelo que ele fez semana após semana. Você tem que valorizar isso, mas é algo que você guarda na cabeça por causa da dificuldade que é semana após semana.

Ele comentou sobre o nível de Rune e disse se disse surpreso com a atuação do rival: "Eu conheço o Rune, já o vi ganhar grandes títulos e ver grandes jogadores. Não estou surpreso com o nível que ele consegue jogar. O que me surpreende, porém, é que ele ocasionalmente consegue, mas não com tanta frequência, é a ordem que ele tem mantido na partida. Ele quase não teve altos e baixos, tem sido muito sério, muito sólido, do início ao fim, tudo ficou muito claro para mim. Ele merece parabéns por isso, e nesse sentido, ele me surpreendeu um pouco, mas em termos de nível, não, eu sei do que ele é capaz."

Sobre o que faltou para derrotar o nórdico, Alcaraz comentou sobre falta de paciência: "Um pouco de paciência. Comecei a partida muito bem, com ótimos golpes, ele jogou mais rápido e direto, o que acho que me beneficiou. Desde a minha pausa, acho que ele mudou taticamente e, no final, conseguiu mais bolas, correu mais, fez jogadas mais longas e intensas, e foi isso que me faltou: um pouco de paciência e mudar um pouco o meu plano de jogo para esperar o meu momento. Apressei as coisas em certos momentos, e ele aproveitou isso muito bem."

Alcaraz, que perderá a vice-lierança do ranking para Alexander Zverev, comentou sobre o calendário exigente no saibro com Monte Carlo, Barcelona, Madri, Roma e Roland Garros: "É intenso. É mesmo. O circuito de saibro é curto, mas muito intenso. Semana após semana, sem pausa, se você joga tudo... e essa é a dificuldade, para um tenista e sua equipe, de ser consistente, de falar e comunicar como você se sente, como seu corpo está, o que você precisa. Para mim, foram duas semanas intensas depois de chegar a duas finais, jogando muitas partidas. Conforme o circuito avança, você vê, mas o difícil é que você segue dia após dia, você não sabe como seu corpo estará em duas semanas, essa é a parte complicada: temos que ouvir nosso corpo dia após dia, porque a temporada é muito longa e se você tomar uma decisão ruim, isso pode te prejudicar no futuro. Respondendo à sua pergunta, sim, é praticamente uma loucura aguentar todo o circuito de saibro em boas condições físicas e, acima de tudo, em boas condições mentais, se você está vencendo partidas."

Ele disse também ser duro administrar o fator favoritismo nos eventos: "Às vezes fica complicado, porque você sente a necessidade de vencer, seja pelas exigências das pessoas, seja por esses rótulos. Já disse que não dou importância ao que as pessoas possam dizer, nem às expectativas das pessoas. Quero continuar no caminho que tracei para mim, e isso não se trata de ganhar ou perder, mas de sair de quadra feliz, de ter gostado, mesmo com os problemas físicos, que ninguém quer ter. Ter jogado em Barcelona, ​​diante da minha torcida, amigos e família, é algo que tenho que valorizar, aproveitar e sair de quadra orgulhoso do que fiz e de cabeça erguida. É isso que me resta. Cheguei a um ponto em que ser favorito ou não é algo que não me diz respeito."

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